Escaldar ou congelar? Fique com as duas opções

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Por AKASLOMPOLO
Atualização:

Em uma manhã particularmente fria, deixamos o esqui de lado e visitamos um centro de corridas de cães, nos arredores de Akaslompolo. "Se você sair do trenó por um segundo os cães vão acelerar e deixá-lo para trás. Eles querem é correr", disse Mikka, o guia. Nos outros casos, as instruções eram simples: ficar na parte traseira do trenó e tomar cuidado com o freio. A cada par foi dado um trenó com seis huskies do Alasca (mais magros, porém mais rápidos do que seus parentes da Sibéria) e um aceno de encorajamento. Se fosse nos Estados Unidos, eu certamente teria assinado um termo de isenção de responsabilidade, mas ali um funcionário só desamarrou a corda do trenó e os cães dispararam para frente. Os huskies líderes, Igor e Ben - com pelagem branca, olhos azuis e mais delgados do que eu imaginava - direcionavam a cabeça e seguiam em frente. Eram quietos e só pareciam se irritar quando parávamos por muito tempo: logo começava uma erupção de uivos, latidos e a ameaça de puxar o trenó. Quanto ao tour, passamos por pântanos congelados, neve intocada, densa floresta e uma paisagem híbrida de taigas e tundras. Quente e frio. Para continuar no descanso do esqui, naquela que pode ter sido a noite mais fria de nossa visita, caminhamos na escuridão pela borda do Lago Akas até uma extensa área branca e plana que abrigava um chalé especial. O propósito do exercício era constatar aquilo que já havíamos ouvido: "este país trata-se de escolher entre o muito quente e o muito frio". Pois iniciamos o processo de desfrutar de uma sauna superaquecida, descer por uma passarela escorregadia e mergulhar em um buraco de gelo que levava até a água em temperatura de quase congelamento. O ritual de assar e congelar a nós mesmos, num ciclo de brusca mudança de temperatura, dizem os finlandeses (e alguns estudiosos) que faz um bem incrível para a saúde. / R.J.

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