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Esteira leva cadeirante até o mar no Sueste

Por FERNANDO DE NORONHA
Atualização:

Não há dúvidas de que o arquipélago vem passando por uma transformação nos últimos anos. Um expoente disso é a praia do Sueste, agora totalmente acessível a cadeirantes. E ela é apenas a primeira a desfrutar dessa infraestrutura - outras três praias também devem ser adaptadas.A realidade de Noronha começou a se transformar há dois anos, quando a administração do Parque Nacional Marinho, que abrange 70% do arquipélago e inclui seus principais atrativos, passou para a Econoronha, empresa do grupo Cataratas do Iguaçu, responsável também pela gestão do Parque Nacional do Iguaçu (PR). A concessionária será responsável pela modernização e manutenção da infraestrutura local pelos próximos 15 anos. Para tornar a praia do Sueste acessível a cadeirantes, por exemplo, a empresa investiu R$ 10 milhões. Foram instaladas uma esteira de acesso ao mar de 30 metros, banheiros e pontos de apoio, além de 4,5 quilômetros de trilhas (foto) que conectam postos de observação emblemáticos da ilha, como o Morro Dois Irmãos. Ah, e ainda há quatro "cadeiras anfíbias", que facilitam a locomoção na areia e o acesso ao mar. O fato de a gestão do Parque Nacional Marinho estar a cargo da iniciativa privada significa também que visitar Fernando de Noronha ficou mais caro. A Econoronha cobra ingresso à parte: brasileiros pagam R$ 65 e estrangeiros, R$ 130 - o "passe" vale por dez dias (maiores de 60 anos e crianças de até 11 anos estão isentos). Além disso, há a Taxa de Preservação Ambiental, do governo de Pernambuco, de R$ 43,20 por dia de permanência. Detalhe: o próprio turista tem de fazer seu cartão no Centro de Visitantes do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), na Praça Flamboyant, ou no Posto de Informação e Controle (PIC) Golfinho Sancho - sem ele, o acesso não é permitido. Em breve, a Econoronha pretende vender os ingressos pela internet. Segundo Pablo Mórbis, gerente da Econoronha, cerca de 70% do trabalho previsto no edital já foi entregue. Ele explica que a segunda fase do contrato, que inclui a construção da Trilha do Leão, ainda depende de estudo arqueológico para ser iniciada.Em 2012, a empresa investiu R$ 7 milhões em melhorias. E, neste ano, estima aplicar mais R$ 2,5 milhões. O aeroporto também está sendo modernizado: ganhou raio X, esteiras de bagagem e sinalização. / C.A. e R.P.

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