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Expedição no gelo da Patagônia

Na América do Sul, barcos transportam turistas por canais, perto de fiordes e geleiras

Foto do author Nathalia Molina
Por Cristiana Vieira , Nathalia Molina e ESPECIAIS PARA O ESTADO
Atualização:

Esqueça a ideia clássica de cruzeiros. Navegar pela Patagônia tem caráter de expedição. Uma expedição com gastronomia e vinhos chilenos é certo, mas ainda assim uma expedição. O sul do continente, dividido entre Chile e Argentina, impressiona o viajante com geleiras, fiordes e animais marinhos. Em navios pequenos, com capacidade para abrigar de 110 a 210 passageiros, as instalações e o sistema all inclusive garantem todo o conforto para apreciar a monumental paisagem lá fora.A bordo, palestras envolvem o passageiro no clima da viagem, com informações sobre glaciologia, história e fauna locais - ao longo dos vários percursos, é possível avistar leões-marinhos, pinguins, elefantes-marinhos e aves, entre outros animais. Para o desembarque na maioria dos pontos onde o visitante se aproxima das imensas geleiras, entram em ação pequenos botes.Há companhias que oferecem roteiros no extremo sul da Patagônia, como a Cruceros Australis, e outras que operam cruzeiros mais ao norte da região, apenas do lado chileno, caso da Navimag e da Skorpios.O Via e o Stella Australis transportam os turistas pela rota aberta pelos primeiros exploradores do extremo sul do continente, entre Chile e Argentina. Charles Darwin, criador da Teoria da Evolução, navegou por ali no fim do século 19. Esteve na Baía Wulaia, uma das paradas dos cruzeiros. Os navios passam pelo Estreito de Magalhães, pelo Canal de Beagle e pelo Cabo Horn, ponto mais ao sul no continente, onde há um desembarque quando as condições climáticas permitem.Do grupo Nisa, assim como a Australis, a Navimag tem roteiros pelo norte da Patagônia. O barco Mare Australis vai à Laguna San Rafael, localizada no parque nacional de mesmo nome, nos Campos de Gelo do Norte. Considerado Reserva Mundial da Biosfera pela Unesco, o lugar também é o destino do navio Skorpios II, em sua rota pelo norte da Patagônia. Mais um ponto de desembarque do cruzeiro é o Fiorde Quitralco, região de águas termais.O Skorpios III, outro barco da empresa, viaja aos Campos de Gelo do Sul. Em torno de 15 geleiras são vistas durante o trajeto. A companhia também oferece ao turista a possibilidade de estender a viagem em uma noite, para conhecer o Parque Nacional de Torres Del Paine, com montanhas e lagos.

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