Explore a Europa a pé e sem gastar (quase) nada

Tours guiados gratuitos oferecem um olhar alternativo em cidades superturísticas. Separe a gorjeta e use calçados confortáveis: você vai caminhar muito

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Por Bruno Vieira
Atualização:
Mural de Banksy em Londres;grafites do artista são vistos em 'walking tour' gratuito. Foto: Peter Nicholls/Reuters

Dá para conhecer muita coisa interessante na Europa sem esvaziar a conta bancária – afinal, o euro próximo da casa dos R$ 4 não está permitindo muita ostentação aos turistas brasileiros. Tendência mundial, os tours guiados gratuitos se multiplicam no Velho Continente. E com muitas vantagens: a maioria desses passeios são conduzidos por pessoas que vivem na cidade e, em geral, têm outras atividades – oferecem-se como guias como forma de complementar renda e conhecer gente do mundo todo. Assim, têm um olhar esperto, boas histórias a contar e muitas dicas (especialmente as econômicas) a compartilhar com os visitantes. Tudo isso em troca de gorjeta. No fim, você dá quanto puder – não esqueça de ser justo, equilibrando seu orçamento de viagem e uma gratificação à altura do trabalho do guia. 

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Anote os bons roteiros a seguir para usar na próxima (ou primeira) vez em que vistar uma das seis cidades a seguir. 

Londresstrawberrytours.com/london Desde 2013, a Strawberry Tours oferece passeios com temáticas variadas como arte de rua no Street Art Tour – sim, as constantes novidades do misterioso Banksy incluídas. Outras opções são o universo de Harry Potter e o boêmio e alternativo bairro do Soho. Quem acha que os ingleses são sempre sisudos vai se surpreender: os guias adotam um estilo teatral, com altas doses de sarcasmo e humor. 

Parisbit.ly/freetourParis Prestes a completar 15 anos em atividades e hoje presente em 13 países, a Sandemans New Europe é a mais consolidada entre as empresas que oferecem passeios gratuitos na Europa. Em Paris, são em média dois tours gratuitos todos os dias, de city tours básicos aos mais específicos, como o que explora a área boêmia e cultural do Quartier Latin. Mesmo gratuito, reserve no site. A empresa também faz passeios pagos, como o de Montmarte, a ¤ 16, que inclui o cabaré Moulin Rouge e a Basília do Sacré-Coeur.

Pragabit.ly/freetourPraga Na cidade onde uma garrafa de cerveja custa menos que uma de água, Sandemans New Europe vende a ¤ 15 os tours temáticos de cerveja, com cinco degustações incluídas. Mas os guias dão várias dicas de onde beber a boa cerveja checa e onde se divertir mesmo durante o city tour básico, que dura 3 horas e, claro, não dá direito a degustação. Isso você faz por conta própria, depois de visitar ícones como o Relógio Astronômico, o Castelo de Praga e a Ponte Carlos. Reserve no site. 

Monumento celebra a queda da Cortina de Ferro na Rua Andrassy em Budapeste, Hungria. Foto: Mônica Nobrega/Estadão

Budapeste triptobudapest.hu A Hungria passou 40 anos sob o regime comunista, e as marcas do período ainda estão por toda a capital, Budapeste. Nos prédios cinzas que coexistem com a arquitetura clássica europeia, nos monumentos em memória dos horrores da época da Cortina de Ferro, nos museus, costumes e histórias. O Communism Walk, da Budapest Free Walking Tours, dá a oportunidade dos turistas compreenderem melhor o passado e o povo da cidade.

Vienabit.ly/freetourViena A PrimeTours oferece dois passeios gratuitos da Áustria – um de manhã, outro à noite. Os dois roteiros passam por alguns dos principais pontos turísticos, como a casa de Mozart. Além disso, os guias dão dicas de onde comer a verdadeira torta Sacher – receita típica feita com chocolate e damasco – por um preço justo e como conseguir ingressos baratos para a Ópera de Viena. No inverno, o tour também inclui as famosas feiras de Natal, onde é possível tomar vinho quente para espantar o frio.

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Venezabit.ly/freetourVeneza O Grand Tour da La Bussola capricha nas informações sobre um dos destinos turísticos mais míticos do planeta. Da história de como Veneza foi construída até as razões pelas quais não se deve comer pizza na cidade, passando por locações de Indiana Jones e a Última Cruzada (1989) e pela descoberta do porquê a Ponte dos Suspiros não é um lugar romântico. Use sapatos confortáveis: são quatro horas e meia de caminhada. Reserve no site.