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Frio em Nova York? Saiba o que fazer

Baixas temperaturas tornam mais difícil bater pernas pelas ruas o dia todo, mas isso não significa aproveitar menos

Por Renata Mesquita
Atualização:
Bryant Park, uma das opções oara curtir o frio ao ar livre Foto: Carlo Allegri/Reuters

NOVA YORK - Não tem tempo ruim quando se trata de viajar para grandes cidades no inverno. Claro que a onda de frio que assolou os Estados Unidos no início do mês foi um pouco exagerada, mas, de modo geral, grandes centros turísticos oferecem uma infinidade de oportunidades de passeios – mas diferentes daqueles dos meses mais quentes.

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Nova York não é exceção. Na realidade, as ruas de Manhattan parecem ficar ainda mais cheias entre dezembro e março. E tem programa para todas as idades e interesses, da clássica patinação no gelo do Rockfeller Center ao escaldante lámen do Momofuku, do chef celebridade David Chang, que aquece o coração até de quem sai despreparado para as temperaturas abaixo de zero.

Abaixo, aliás, você confere um guia do que fazer na cidade nessa época friorenta. Uma dica fundamental: não dá para ficar parado, se não você congela (e fuja do topo do Empire State Building, é frio pacas).

Antes de tudo, tanto no inverno quanto no verão, vale investir no MetroCard (U$ 33, sete dias, acesso ilimitado). O trânsito de Nova York é uma loucura e, ao invés de conseguir ver a paisagem pela janela do táxi, você só vai perder tempo parado no congestionamento.

O metrô de Nova York é extenso e te leva para quase qualquer lugar. Dá para comprar o MetroCard em qualquer estação, na própria máquina. Outra vantagem: tem Wi-Fi liberado em todas as estações de metrô. Vale baixar o aplicativo do metrô no celular para facilitar o deslocamento.

*Viagem a convite da Avianca.

Momofuko, experiência gastronômica Foto: Renata Mesquita/Estadão

1. COMIDINHAS

Chelsea Market

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Tanto para fugir do frio como para comer bem, uma visita ao Chelsea Market é passeio indispensável. Instalado numa fábrica bem característica do Meatpacking District, reúne tanto lojas de produtos bem ao estilo “mercadão”, de petiscos, frutos do mar e chocolates, como de restaurantes das mais variadas cozinhas, para todos os gostos. Site:

chelseamarket.com

.

Momofuku Noodle Bar

Nada mais reconfortante no frio que uma tigela de lámen mergulhado em caldo perfumado e fumegante. Ícone da gastronomia de Nova York e um dos maiores divulgadores do prato – macarrão submerso em caldo, normalmente de porco, escoltado por alga, lombo, vegetais e ovo –, o chef americano de origem coreana David Chang tem uma série de restaurantes na cidade, mas o seu noodle bar (

noodlebar-ny.momofuku.com

) está entre os mais conhecidos. E o melhor: o preço não é de cinco-estrelas. O lámen da casa, por exemplo, sai por US$ 18. A rede Momofuku também tem cafeterias, as Milk Bars (

milkbarstore.com

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), cujo chocolate quente – necessário nessa época – está na lista dos melhores de Nova York.

Freemans

Uma dica menos turística, que dificilmente estará num guia, o Freemans é um restaurante no Lower East Side que vale ser visitado tanto no inverno quanto no verão. Mas a casa, que fica no fim de um beco enfeitado de luzinhas, ganha mais charme no frio. A decoração remete a uma taverna colonial, com várias salas escondidas e um longo balcão de bar. Peça a entrada de alcachofra gratinada (US$ 15) e o devils on horseback (que pode ser traduzido para algo do tipo: demônios nas costas do cavalo, a US$ 10), deliciosas ameixas secas recheadas com queijo azul e enroladas em bacon. Site:

freemansrestaurant.com

.


Central Park: mesmo no inverno, ponto turístico imperdível Foto: Renata Mesquita/Estadão

2. PARQUES

Central Park

Sob a neve, o principal parque de Nova York se transforma em uma das mais belas paisagens da cidade. O rinque de patinação Wollman Rink (que aparece no filme

Esqueceram de Mim 2

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) fica a 5 minutos de caminhada a partir da entrada sul na W 59th Street com 6ª Avenida. O zoológico não para no inverno: é possível ver leões marinhos, pinguins e todas as 35 espécies que ficam tanto do lado de fora quando nas partes fechadas do zoo.

Bryant Park

No centro de Manhattan, é um parque bem menor e muito acolhedor com o grande gramado no centro que nos meses de inverno recebe uma… pista de patinação. Isso mesmo, aqui também é possível patinar em meio aos arranha-céus (no caso, o Empire State Building e a emblemática Public Library), em espaço mais tranquilo que o Central Park e o concorridíssimo rinque do Rockefeller Center e, o melhor, gratuitamente. O frio também não impede o funcionamento do carrossel.

Prospect Park

Dos mesmos arquitetos que projetaram o Central Park, o Prospect Park fica do outro lado da Ponte do Brooklyn e perto de outras atrações do bairro hipster, como o estádio de basquete

Barclays Center

, casa do Brooklyn Nets. O local recebe também shows – vale a pena ficar de olho na agenda. Além de pista de patinação, o Prospect Park rende um belo passeio a pé – sob neve, a clima é calmo e bucólico, com uma bela vista da linha de prédios de Manhattan. É possível chegar de metrô: desça nas estações Prospect Park, Parkside Avenue ou 15th Street/Prospect Park. Do centro de Manhattan, são cerca de 30 minutos pelos trilhos.

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Fachada do Guggenheim Foto: Renata Mesquita/Estadão


3. MUSEUS

MoMA e Whitney

Reconhecido como um dos museus de arte moderna mais influentes do mundo, o

MoMA

tem um acervo amplo, com obras de artistas conhecidos, como Picasso e Van Gogh, mas muito espaço para mostras alternativas. O jardim de esculturas fica fechado nessa época, então se jogue nas exposições temporárias e filmes. Às sextas-feiras, entre 16h e 20h, a entrada é gratuita. Vale emendar com um hambúrguer no Burger Joint, a cinco minutos a pé (você consegue). A lanchonete fica dentro do hotel cinco-estrelas Le Parker Meridien, atrás de uma cortina de veludo no hall. Lá dentro, um ambiente alternativo, com paredes pichadas e cardápio de papelão. Para arte contemporânea, o

Whitney

tem um ótimo acervo, focado em obras norte-americanas. Só a arquitetura do prédio já vale o passeio.

Guggenheim e The Frick Collection

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Projetado por Frank Lloyd Wright, o

Guggenheim

é mais conhecido, com uma coleção permanente de artistas como Cézanne, Gauguin, e Kandinsky. Já o

Frick

é menos mainstream, mas tem obras de Rembrandt, Renoir e Goya que pertenciam ao magnata Henry Clay Frick, expostas em sua antiga residência, construída em 1914. É das poucas mansões remanescentes de Nova York (e bem em frente ao Central Park). Os dois são uma só dica porque podem ser conhecidos em poucas horas, e ficam um bem próximo ao outro (20 minutos caminhando na calçada ao lado do Central Park), numa parte da Quinta Avenida conhecida como Museum Mile (ali está também o Metropolitan Museum of Art, o Met). Uma paradinha gastronômica por ali é o

J.G. Melon

, que abriu as portas em 1972 – ali, o sanduíche vem sem frescura, acompanhado de ótimas batatas fritas. Fica a dez minutos do Frick Collection.

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Transit Museum

A entrada é por uma estação de metrô desativada no Brooklyn. Ali, está preservada um pouco da história do transporte público na cidade. Além de antigas composições, há exibições temporárias – que podem incluir de fotos temáticas a réplicas de estações clássicas. Site:

nytransitmuseum.org

.


4. COMPRAS

Dinosaur Hill

As paradas para compras podem ser uma boa desculpa para se aquecer durante passeios a pé no inverno. A loja de brinquedos Dinosaur Hill, na 9th Street com 2nd Avenue, é um paraíso repleto de brinquedos artesanais de vários cantos do mundo. Duas quadras ao sul na 2nd Avenue está a loja de toy art Toy Tokyo. O bairro é o alternativo East Village; a St. Marks Place, endereço de restaurantes pequenos e brechós malucos e históricos como Search & Destroy, está por ali.

Dylan’s Candy Bar

Na

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Union Square

, no prédio que abrigou a Factory de Andy Warhol, a loja de doces é uma festa. Além das guloseimas – balas, pirulitos, chocolates, fudges de vários sabores e muito mais –, a decoração colorida e chamativa é outro atrativo. A unidade da 3rd

Avenue (1011) tem também um café onde você pode almoçar em uma mesa em formato de cupcake gigante. Reserve:

bit.ly/dylancafe

.

Westfield World Trade Center

Em plena área de Lower Manhattan, que vem recebendo investimentos turísticos de todo tipo – como o Memorial 9/11 e o observatório One World que ocupa o terreno das antigas torres gêmeas – esse shopping abrigado dentro de uma escultura branca em formato de pomba da paz (é o que alega o arquiteto, o sempre polêmico Santiago Calatrava) reúne as marcas de sempre em ambiente com calefação:

bit.ly/w_wtc

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