Um passo a passo para curtir as férias no Beto Carrero World

Com mais de 100 atrações - incluindo a nova área do Hot Wheels -, o parque pede dois dias inteiros. Veja dicas, o que fazer por lá e como organizar a viagem. Sem deixar de lado a diversão, é claro

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Por Monica Nobrega
Atualização:
Nada distante. Personagens de 'Shrek' surgemna Vila Germânica para posar com visitantes Foto: Monica Nobrega/Estadão

PENHA - Enquanto eu gritava com força “por que foi que deixei você me convencer a entrar neste carrinho?”, meu filho de 7 anos, ao meu lado, gargalhava. Era a primeira descida na montanha-russa Star, no Beto Carrero World: 23 metros de altura e uma sensação aguda de queda livre, que dava vontade de gritar, rir e chorar ao mesmo tempo. Mas crianças são mesmo convincentes: não era ainda 10 horas e já tínhamos repetido a brincadeira outras duas vezes. Era o começo nublado de segunda-feira na semana de Páscoa, e nós tínhamos acabado de chegar. O maior parque temático da América Latina fica na cidade litorânea de Penha, em Santa Catarina. É lembrado pela atmosfera cowboy que cercava seu idealizador, o empresário João Batista Sérgio Murad, aquele que montava a cavalo, girava o laço e fazia brincadeiras com Os Trapalhões nos longínquos anos 80. Mas, desde que morreu o criador, em 2008, o parque vem investindo em atrações mais pop, mais atentas aos tempos. Desde 2014, personagens da franquia de filmes Madagascar têm no parque uma área inteira com cenografia, brinquedo e show. Graças ao contrato com o estúdio Dreamworks, Shrek, Fiona e o Gato de Botas também aparecem para encontros e fotos com visitantes. E há novidade programada para as próximas férias: em 12 de julho estreia a atração dos carrinhos Hot Wheels, um espetáculo radical de velocidade. Virá acompanhada de loja exclusiva da marca e de um restaurante temático.LEIA MAIS  - Destinos de Santa Catarina Inaugurado em dezembro de 1991, o parque vê a frequência crescer continuamente desde 2006 – em 11 anos, o número de visitantes passou do patamar dos 500 mil a 600 mil por ano para o de 2 milhões, em 2017. Ou seja, o Beto Carrero World não cresce como consequência do dólar alto, que encareceu a viagem dos brasileiros a Orlando. Pelo menos, este não parece ser o principal motivo.  “A economia é uma contingência, claro, mas também intensificamos parcerias focadas em conteúdo, que criam no visitante uma percepção de valor”, afirmou o diretor Comercial, Roberto Vertemati.  A tal percepção de valor das parcerias fica clara durante a visita. Embora importante como símbolo, a área focada no personagem Beto Carrero, com cenografia de Velho Oeste, parece cansada e um tanto deslocada. É nas atrações e conceitos mais novos que o parque mostra por qual motivo é um atrativo turístico de peso não apenas no Brasil, mas no continente. Segundo Vertemati, o número de argentinos cresceu 20% na alta estação de 2017/2018 em relação ao verão anterior. Durante a nossa visita, o público uruguaio superava numericamente o brasileiro, e o paraguaio era expressivo. LEIA MAIS - Voo mais longo do mundo terá 18h45

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O tamanho do desafio

Começar o primeiro dia de parque em uma atração extrema como a Star foi uma estratégia para driblar um começo de mau humor no pequeno. Logo na entrada, crianças devem passar pela tenda de medição. Ali, meu menino descobriu que, com 1,25 metro, ainda não tinha altura suficiente para o brinquedo que mais cobiçava: a Big Tower, torre de queda livre de 100 metros de altura.  Por segurança, exige-se na torre – e na montanha-russa FireWhip – uma altura mínima de 1,30 metro. Mas a frustração do pequeno durou pouco: com mais de 100 atrações, os dois dias inteiros foram repletos de descobertas para ele. Das radicais às mais simples, como o carrinho de bate-bate, ao qual eu também fui tantas vezes que perdi a conta.  Para garantir férias gostosas também para os adultos, montamos nossa base na estruturada Balneário Camboriú, a 40 quilômetros. Nesta reportagem, o passo a passo para organizar a viagem

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