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Hotel para ver arte ou museu para dormir?

No Guggenheim, instalação-quarto aceita hóspedes

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Por Redação
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De dia, você admira Picasso e Monet, depois de dar uma boa olhada na surpreendente arquitetura assinada por Frank Lloyd Wright. Terminado o horário de visitação, fica por ali mesmo para passar a noite em um dos museus mais famosos do mundo. Até 7 de janeiro, um quarto de hotel dentro do Guggenheim de Nova York recebe dois hóspedes por noite. Difícil imaginar interatividade maior. Afinal, os felizardos que conseguiram fazer reserva a tempo (as vagas já estão esgotadas) dormem, literalmente, sobre uma obra de arte. A instalação Revolving Hotel Room foi criada por Carsten Höller, mesmo artista que colocou um tobogã na Bienal de São Paulo. A obra integra a exposição Theanyspacewhatever, cujo objetivo é discutir os parâmetros e os limites do conceito de museu. O quarto de hotel é formado por três ambientes instalados sobre discos de vidro que giram lentamente, com acomodações para dormir, vestir e trabalhar. De dia, pode ser apreciado por qualquer visitante. Fechadas as portas do museu ao público, ganha amenities Hugo Boss e fica pronto para receber os felizardos da vez. MUITO PARA VER O pernoite entre telas e esculturas permite ainda que o visitante tenha o museu inteiro para explorar com calma e de acordo com os seus interesses - livre até dos seguranças. Um cinema exibe filmes censurados no país de origem do hóspede. E há ainda um café. Com tantas opções, é pouco provável que os visitantes estejam interessados em dormir de fato. Só é indispensável lembrar que, mesmo passando a madrugada em claro, será preciso acordar bem cedo. O check out deve ser feito, impreterivelmente, às 8h30, para não atrapalhar as atividades normais do museu. Em tempo: as diárias custaram entre US$ 259 (R$ 582) e US$ 759 (R$ 1.707). Museu Guggenheim Nova York: Fifth Avenue, 1.071; www.guggenheim.org. Aberto de sábado a quarta-feira, das 10 horas às 17h45, e às sextas, das 10 horas às 19h45. Ingressos: US$ 18 (R$ 41,78)

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