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Mais que uma escala

Por Bruno Deiro e CIDADE DO PANAMÁ
Atualização:

Ponto de conexão para diversas ilhas caribenhas, o Panamá desponta como um destino a ser notado. Com o controle do famoso canal transferido dos Estados Unidos para o governo local há 12 anos, o país tem experimentado uma nova era de otimismo e orgulho que é sentida nas ruas - basta uma conversa rápida com qualquer panamenho para que o assunto seja logo levantado. E se desenvolve a olhos vistos, com um crescente boom imobiliário e investimentos no turismo, que se apoia em compras baratas, vida noturna empolgante e, claro, na obrigatória visita ao Canal do Panamá.O país tem apostado na vocação de servir como um complemento a quem retorna do Caribe. Para estimular os turistas a dormir um ou dois dias na capital antes de seguir viagem, o governo oferece facilidades como seguro médico grátis válido por 30 dias, entregue no aeroporto. A partir daí, a escolha fica a gosto do freguês: a experiência pode incluir o agito da parte moderna, as boas opções de passeios ou uma incursão à história da mais antiga colônia espanhola na América. O ideal? Combinar os três roteiros.A capital, Cidade do Panamá, ainda tenta superar problemas como falta de segurança e trânsito caótico, mas compensa com a receptividade de seus moradores. Acostumados à ocupação norte-americana por mais de meio século, os panamenhos aprenderam a valorizar os turistas e contam com ótima estrutura hoteleira e gastronômica. Basta percorrer a Cinta Costeira, larga avenida às margens da Baía do Panamá, para se observar a expansão econômica vivida pelo país. Por toda a parte, os modernos arranha-céus que vêm sendo erguidos na capital explicam o apelido, um tanto exagerado, de "Dubai Latina".No ritmo. Apesar disso, o espírito caribenho se mantém nos ritmos musicais, ouvidos em boa altura e em toda parte, e no colorido dos diablos rojos, ônibus decorados com desenhos chamativos produzidos por artistas locais - o transporte coletivo, porém, não funciona bem e deve ser evitado. Por sorte, os táxis são baratíssimos e têm motoristas prestativos. Mas, sem taxímetro, é melhor negociar o preço antes de embarcar.Entre os melhores bairros para um passeio estão El Cangrejo, no centro, e Punta Paitilla, área dos restaurantes e shoppings mais modernos. A diversidade de etnias fez bem à vida noturna local: as opções vão desde casas para dançar salsa e merengue a pubs irlandeses. Uma boa dica é passear pela animada Calle Uruguay ao anoitecer e escolher um lugar para jantar - o La Posta, especializado em frutos do mar, é ótima opção. Se quiser esticar a noite, logo ao lado estão os principais bares e baladas da cidade, com agito a partir das 20 horas. Para quem gosta de se aventurar nos cassinos, o Veneto Hotel & Casino está ali pertinho. Dois dias serão suficientes para conhecer as atrações mais fundamentais da cidade. Mas é provável que você sinta vontade de ficar mais. Se sobrar tempo, um roteiro cultural pode incluir os teatros (La Quadra e Teatro Nacional), as exposições e museus locais. O Museo de Arte Religioso Colonial é um dos mais famosos, com acervo de mais de 200 peças dos séculos 17 e 18. Cercada por florestas tropicais, a capital mais moderna da América Central ainda está longe de ser uma grande metrópole. Mas já oferece atrativos capazes de convencer os turistas de que o Panamá pode ser mais do que apenas uma escala antes de um grande destino.

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