MINHA MALA SUMIU NO AEROPORTO. E AGORA?

Saiba como minimizar o transtorno e os prejuízos caso a sua bagagem seja extraviada, desde o uso de rastreadores até o preparo de uma mochila com itens essenciais. Confira também alguns lançamentos que podem te ajudar

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Por Monica Nobrega
Atualização:
2 min de leitura
Passageiros de voos provenientes de Nova York e Miame retiram malas na área de desembarque do terminal 2 no aeroporto internacional de Guarulhos Foto: Clayton de Souza/Estadão

É um balde de água gelada na alegria de finalmente estar naquele destino tão sonhado ou na satisfação de voltar para casa. Você aguarda ansiosamente, olhos grudados na esteira que gira, gira, até que a multidão ao redor se desfaz, não sobram mais que meia dúzia de peças desfilando em círculos e, enfim, é preciso admitir: sua mala não chegou.

A cena se repetiu 7,3 vezes a cada 1 mil passageiros que viajaram de avião no mundo em 2014, segundo o Relatório de Bagagens produzido anualmente desde 2005 pela Sita, empresa de tecnologias da informação voltadas à aviação que faz o estudo sob encomenda da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês). Foram 24,1 milhões de malas extraviadas no ano.

É um número ainda astronômico, mas que representa uma boa notícia. Em 2007, 18,9 malas a cada 1 mil passageiros não chegaram ao destino final junto com seu dono – e o acumulado anual foi de 46,9 milhões de bagagens extraviadas.No Brasil, bagagem é o segundo tema mais frequente das manifestações feitas à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) – perde apenas para o atendimento prestado pelas companhias aéreas. O número de contatos (que incluem elogios, sugestões e dúvidas) vem caindo. Foram 7.180 mensagens relacionadas às malas em 2010, e 3.930 no ano passado, um leve aumento em relação a 2013, quando o total foi de 2.004 mensagens à Anac com o tema mala.LEIA MAIS: Saiba como encontrar voos baratos

Mas o fato é que a redução nos números mundial e nacional de bagagens extraviadas não faz a menor diferença quando o infortúnio acontece com você. “A pior parte é perder a dinâmica dos passeios por ter de esperar o telefonema com notícias da mala”, disse o empresário Luís Miguel Valadas, que teve a mala extraviada em uma viagem a Paris com conexão em Lisboa, em 2013. 

“Das oito noites que tínhamos em Paris, passamos metade com a roupa do corpo e mais alguns itens básicos que compramos, gastando de 50 a 60 dólares”, lembra Valadas, que estava acompanhado da mulher. LEIA MAIS: O que fazer quando uma catástrofe natural interrompe sua viagem

De volta ao Brasil, o casal até foi ressarcido pela companhia aérea TAP. O mesmo ocorreu com a servidora pública aposentada Lúcia Calil, de 60 anos. “Recebi o reembolso, mas o problema é o transtorno, é muito desagradável não ter nenhuma peça de roupa íntima”, lembra ela, que ficou sem a bagagem em um voo de Londres a Paris – junto com outras nove pessoas de seu grupo de 11. Só uma mala chegou sã e salva. 

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No Brasil, a Infraero, empresa pública que administra aeroportos, instalou câmeras do lado de fora das esteiras em mais de 30 aeroportos. O sistema permite que os passageiros assistam ao trabalho dos carregadores. Mas não resolve, já que a maior parte do processo é feito pelas companhias aéreas. 

Se não é possível ter total segurança de que a mala despachada chegará intacta e pontual ao destino de viagem, é possível, ao menos, aumentar as chances de que isso ocorra. Além de reduzir os prejuízos caso a bagagem se perca mesmo, por algum tempo ou de vez. A seguir, você descobre como. 

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