Mossoró aposta na variedade e corre por fora

Confiante, a cidade potiguar espera 1 milhão de pessoas para sua festa junina; atrações incluem até cinema e poesia

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Por Redação
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Receita de sucesso. Nos mesmos padrões das adversárias, evento investe em grandiosos festivais de forró e quadrilhas. Foto: Claudio Roberto/Divulgação

 

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Correndo por fora, Mossoró, no Rio Grande do Norte, entra na disputa dos maiores festejos juninos já se proclamando "o maior arraiá do Brasil". Para isso, investe na mesma receita de sucesso das adversárias Caruaru e Campina Grande: estrutura, shows grandiosos, trios de forró, festival de sanfoneiros e de quadrilhas e vila cenográfica (batizada de Cidadela), entre outras semelhanças. O palco principal será numa área de 48 mil metros quadrados na Estação das Artes Eliseu Ventania, antiga estação ferroviária que em junho vira Estação do Forró.

 

Para este ano, quando pretende atrair 1 milhão de pessoas entre 5 e 28 de junho, o Mossoró Cidade Junina (www.mossorocidadejunina.com.br) tem suas peculiaridades. Um comboio de carroças, quadrilhas e grupos folclóricos abrirá o evento, no corredor cultural da Avenida Rio Branco. Quatro arraiais ao longo do percurso animarão o comboio com forró pé-de-serra, violeiros e emboladores. Na chegada, será realizado um encontro dos artistas populares da festa.

 

As atrações dos maiores shows (que ocorrem de quinta a domingo) ainda não estão confirmadas. A organização, porém, cita nomes que participaram de outras edições, como Elba Ramalho, Fagner, Zezé di Camargo e Luciano e Chiclete com Banana, e que podem voltar este ano.

 

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Para mostrar que nem só de forró, baião e quadrilha vive o São João nordestino, o evento volta a apresentar o espetáculo teatral Chuva de Balas no País de Mossoró - superprodução encenada por artistas locais que conta a resistência da cidade à invasão do bando de Lampião.

 

A programação prevê ainda atrações para públicos específicos. É o caso do Arraiá da Melhor Idade, encontro de grupos de idosos na Praça das Fontes. Para as crianças, os projetos Brinquedos e Brincadeiras Populares, com jogos das décadas de 1950 e 1960, e Brincando com Toinho, Joãozinho e Pedrinho, com cantigas de roda e oficinas de pintura.

 

Tem ainda: Cinema na Roça (mostra de filmes de ficção), Botando Boneco (apresentações de mamulengos) e festival de poetas e repentistas. Com toda essa variedade, Mossoró espera agradar e atrair público para fazer frente à concorrência pernambucana e paraibana.

 

 

 

SÓ DÁ FORRO: Em Aracaju, ritmo tem até festa exclusiva

 

Seja na base do dois para lá dois para cá, com o trio de zabumba, sanfona e triângulo ou com grandes bandas, o forró é o dono da festa em quase todas as cidades nordestinas durante o período junino. Em Aracaju, o ritmo é ainda mais forte e tem até uma festa anual, que reúne cerca de 100 mil pessoas por noite. É o Forró Caju, que neste ano contará com 124 atrações, de 18 a 20 de junho.

 

Esta edição terá a presença de Gilberto Gil pela primeira vez. Além dele, estão confirmados Alceu Valença, Zé Ramalho, Dominguinhos, Flávio José, Elba Ramalho e Geraldo Azevedo. Também vão se apresentar Aviões do Forró, Calcinha Preta, Calypso, Cavaleiros do Forró, Fogo na Saia e Mastruz com Leite e Falamansa. Os shows serão realizados na Praça de Eventos Hilton Lopes, no centro.

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Quem ainda não sabe dançar forró pode aprender com professores, à disposição para ensinar os passos da dança.

 

Em Maceió, a festa também rola em ritmo de forró, de 23 a 30 de junho, no bairro de Jaraguá. A programação ainda não foi fechada, mas deve incluir cerca de 20 trios e 30 bandas.

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