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No burburinho do centro de Barcelona

Na caminhada pela Cidade Velha, encontro com Las Ramblas, La Boquería e Bairro Gótico

Por Bruna Toni
Atualização:
Entrada do mercado La Boquería, nas Ramblas Foto: Bruna Toni/Estadão

LA RAMBLA E SEU MERCADO O vaivém de pessoas para um lado e para o outro; as barracas no centro vendendo jornais e flores; o comércio de todo tipo entre os passantes: essa é La Rambla, extenso caminho de pedestres – aos veículos são reservadas apenas ruazinhas estreitas nas laterais. 

A principal parada na Rambla foi no mercado central. Estava com um grupo de jornalistas, passeando sem compromisso (e muita fome), quando vi uma placa indicando seguir em frente para alcançar La Boquería. Ou seja, com esse nome, só poderia ser o paraíso. Em qual outro lugar poderia existir cone com fatias de jamón ibérico cru a 2 euros? Nos esbaldamos nos cones – alguns deles com um queijinho junto – e na paella do restaurante ao lado (pedimos duas para cinco pessoas e, somado um copo de cerveja para cada um, deu 20 euros por pessoa). Gostei tanto que voltei, sozinha, em outro dia, antes da partida. Repeti o presunto cru, passei por pimentas, frutas, doces e salames, e decidi almoçar frutos do mar em uma delas. 

Praça do Rei: prédios históricos, museu, hostel e comércio Foto: Bruna Toni/Estadão

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VIELAS DO BAIRRO GÓTICO

Depois do almoço, seguimos pela Rambla até ruazinhas apertadas, de muros rústicos e altos, cujos tons amarronzados só eram quebrados pelas linhas que o cortavam no alto de um lado ao outro: estavam repletas de roupas coloridas penduradas, à espera de sol suficiente para secá-las. Há quem tenha achado o Bairro Gótico, localizado na chamada Cidade Velha, a área mais antiga de Barcelona, decadente. O que senti andando por aqueles becos, porém, foi um provincianismo burlesco, algo que beirava o cinematográfico. E me encantei com as paredes meio maltratadas, com a anarquia de janelas floridas, varais e passarelas, responsáveis por conectar um prédio ao outro.

Ruelas estreitas do Bairro Gótico Foto: Bruna Toni/Estadão

  Antes mesmo de as construções góticas do período medieval serem erguidas, o Império Romano fez ali sua história. Fundada entre os séculos 15 e 10 a.C., Barcino, como era chamada, ainda preserva ruínas de construções romanas, como o pedaço da grande muralha de 100 mil metros quadrados que cercava a cidade entre os séculos 3 e 19 e que pode ser visto na Praça Nova, onde fica a Catedral de Barcelona. 

A Praça do Rei é uma das mais movimentadas. É cercada de construções, com comércio, restaurantes e até hostel. Fica ali o Museu de História de Barcelona (ingressos desde 7 euros), com vestígios arqueológicos da época romana entre seus 35,2 mil objetos. Outras duas praças são imprescindíveis: a Praça de Sant Jaime, sede do governo local, foi também o centro do poder romano; e a Praça Sant Iu, onde está o Museu Frederic Marès (4,20 euros), com esculturas da Antiguidade ao século 20.

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