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No mapa, o melhor da arte urbana

Uma coisa é certa: a área entre as estações Old e Liverpool Street reúne os mais autênticos acervos

Por Thaís Caramico
Atualização:

No início quase tudo se resumia a comprar latas de spray e sair pintando muros, por total e absoluta diversão. Mas os artistas de rua apuraram a técnica do grafite. E passaram a investir em suportes menos transitórios - como papel e telas. Trabalhos hoje expostos em grandes museus pelo mundo e, com mais autenticidade, nas galerias de Shoreditch.

 

 

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Pure Evil (1) deixou de ser apenas o apelido do grafiteiro Charley Uzzell Edwards. Acabou virando o nome da galeria mantida pelo inglês. O espaço, com uma convidativa fachada de vidro, representa mais de 25 artistas. Caso dos brasileiros Zezão e Highraff. Site: www.pureevilclothing.com. As visitas à P.O.W (Pictures on the Wall) (2) precisam ser agendadas, já que o local funciona mais como escritório de arte. A galeria é uma lenda. Muito por causa de seu dono, o misterioso Banksy (leia mais ao lado), mas também pelo acervo variado, com obras de mais de 40 artistas. Lá você encontra gravuras do brasileiro Titi Freak por 200 libras (R$ 615). Site: www.picturesonwalls.com. Na Cordy House (3) você, além de conferir a exposição, pode ter a sorte de ser convidado para uma festa hype ou um desfile de moda. O espaço é enorme e conta com dois terraços inteiramente grafitados. Site: www.cordyhouse.co.uk. Já a Urban Angel (4) tem como foco a arte pop contemporânea. Os artistas reunidos ali usam como referência o universo do skate, da tatuagem e das histórias em quadrinhos. Site: www.urbanangel.com. A Stolen Space (5) mantém a linha dos nomes sugestivos, bem ao gosto dos ingleses. Na quinta-feira começa a mostra do espanhol Daniel Munoz Rodriquez, o San, ilustrador, pintor e grafiteiro. O espaço tem programação definida até novembro. Site: www.stolenspace.com. Arquitetura bacana. Curadoria, idem. A Signal Gallery (6) é um dos destaques da região. Além de se dedicar a artistas de diferentes backgrounds, a galeria abre espaço para trabalhos de estudantes e moradores de rua. Boas exposições estão confirmadas até 2010. Site: www.signalgallery.com. Termine o passeio na Black Rat Press (7). Mesmo se a fachada não for mais a da mimosa chinesinha, você vai se surpreender. Logo na entrada há um Banksy legítimo. A galeria divide espaço com o restaurante Cargo, onde o almoço com uma taça de vinho custa 15 libras (R$ 46). No fundo do quintal fica um galpão com gravuras a partir de 145 libras (R$ 446). Site: www.blackratpress.co.uk. E sempre vale seguir o conselho do Pure Evil. "Ei, leitor. Cansou do texto? Então se mexa. O melhor jeito de você entender essa arte é vendo nas ruas o que os artistas querem dizer." SEM RISCO

Banksy, o artista de rua anônimo mais famoso do mundo, fica em cartaz no Bristol Museum até o dia 31. O tempo é curto, mas veja pelo lado bom: ali nenhuma obra será apagada. Cerca de cem trabalhos estão perfeitamente distribuídos por três andares do prédio, que fica na cidade natal do grafiteiro. Provocativo e sem deixar escapar pistas sobre sua identidade, ele fechou o museu por oito meses (tempo da montagem) sem que ninguém soubesse o que estava sendo feito lá dentro. Nem a diretora da instituição viu o rosto da maior lenda urbana. Sites:

www.banksy.co.uk

e

www.bristol.gov.uk

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