A primeira coisa que se nota na Patagônia é sua imensidão. Para qualquer passeio que se deseje fazer nessa região natural que abarca quase um terço dos territórios do Chile e da Argentina são necessários quilômetros e quilômetros de deslocamento. É preciso ter paciência e persistência. Mas não só: inclua na lista de requisitos básicos os olhos bem abertos, atentos à sequência de surpresas entre pampas, montanhas, lagos e geleiras que se mostram às margens da Carretera Austral, a rodovia que permite o tráfego terrestre pela Patagônia no lado chileno.
Minha visita às atrações mais ao norte da Patagônia chilena foi feita durante o verão, sob temperaturas entre os 5 e os 25 graus. Chegou a fazer calor, apesar do gelo eterno que enfeita os cumes de várias montanhas. A base foi a cidadezinha de Puerto Chacabuco, que tem cerca de 1.200 habitantes e fica na região de Aysén.
Até mesmo para alcançar Puerto Chacabuco o visitante percebe que, nessa área, a visita à Patagônia chilena é uma viagem formada por várias viagens. Desde São Paulo, o tempo de voo soma umas sete horas, graças à necessidade de conexão em Santiago. Do aeroporto mais próximo, em Balmaceda, até Chacabuco são mais 140 quilômetros ou duas horas de carro.
Os dias seguintes continuaram a ser marcados pelos longos trajetos, em passeios com duração total de até 12 horas. Não que isso fosse um problema: além de tudo o que há para ver das janelas dos veículos, os dias longos ajudavam. No verão, o sol se põe depois das 22h30. Ainda era dia quando voltávamos ao hotel.
SAIBA MAIS:
Aéreo: a Latam (latam. com/pt_br) voa a Balmaceda, desde R$ 1.200
Onde ficar:
em Puerto Chacabuco, o hotel Loberías del Sur lembra uma casa de campo toda de maidera. O restaurante tem vista para o canal de Puerto Chacabuco e serve peixes e frutos do mar, com os mexilhões como destaque. Pacote de 6 noites a US$ 1.640 por pessoa, com pensão completa e excursões; versão compacta, de 4 noites, a US$ 1.380 por pessoa: