Nordeste: 4 bate-voltas que não valem a pena

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Por Ricardo Freire
Atualização:
Apesar de próximo, bate-volta de buggy até a praia da Pipa não compensa Foto: Werther Santana/Estadão

Todo mundo gosta de rentabilizar sua viagem ao Nordeste fazendo passeios a lugares próximos. Às vezes, no entanto, um ou dois pernoites tornariam a experiência muito mais proveitosa. Veja os bate-voltas que eu não faria:

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De Maceió a Maragogi. Envolve duas horas e meia de estrada para ir, duas horas e meia de estrada para voltar – e nem sempre você chega a Maragogi no horário ideal para fazer o passeio principal, às piscinas naturais. E não há tempo de pegar praia ao norte da vila (Antunes, Ponta de Mangue), onde o mar tem uma incrível coloração azul-bebê. Alternativa: Paripueira, a apenas meia hora de Maceió, também tem piscinas naturais cristalinas; passe o resto do dia no bar Hibiscus, em Ipioca, no caminho de volta.

De Natal a Pipa. É um passeio bonito e nada cansativo: ao longo do dia, você verá dunas, falésias e lagoa. O único senão é deixar Pipa sem ter curtido a noite e a gastronomia. Alternativa: o passeio a Galinhos (160 km a oeste de Natal) é redondinho – combina barco, bugue e charrete visitando salina, dunas e uma península de areia. O sacrifício da viagem é menor que o do pernoite na vila (a água corrente é salobra, e quem se hospeda precisa tomar banho com um galão de água mineral).

De Aracaju ao Xingó. O cânion do Xingó é um dos pontos altos de uma viagem a Sergipe – e fica mais alto ainda se você não precisar ir e voltar no mesmo dia. Ficando mais um dia você poderá fazer também o passeio de barco para o outro lado do São Francisco, até a gruta de Angicos, onde Lampião foi emboscado. E vai poder dormir na linda cidade histórica de Piranhas, na margem alagoana do rio. Alternativa: o passeio de barco a Mangue Seco passa pela mais bonita praia de Sergipe, a Praia do Saco, na foz do Rio Real.

De Fortaleza a Três Praias. “Três praias num dia”, prometem os cartazes das vans estacionadas na Beira-Mar de Fortaleza: Morro Branco (com seu belo labirinto de falésias), a vizinha Praia das Fontes (sem nada especial) e Canoa Quebrada, que fica 50 quilômetros adiante. Não vale a pena: você chega a Canoa já para almoçar, e dependendo da maré o mar já pode estar batendo na falésia. Só é um bom passeio para quem for ficar em Canoa Quebrada – aí sim, terá visitado Morro Branco sem precisar alugar carro e ainda terá uns dias para curtir a praia e a vila. Alternativa: depois de Morro Branco, a melhor continuação é parar na volta para almoçar na praia de Águas Belas, em Caponga, que oferece um banho gostosíssimo no encontro do rio com o mar.

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