Nova York de norte a sul: roteiro bairro a bairro, com novidades

O Harlem, no norte, e Lower Manhattan, no extremo sul da ilha, são hoje os endereços para quem procura o novo e o autêntico na cidade

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Por Monica Nobrega
Atualização:
Vista do prédio One World Trade Center do barco que leva até a Estátua da Liberdade. Foto: Mônica Nóbrega/Estadão

Na esquina da Avenida Lenox com a Rua 137 há um gigantesco painel de placas de vidro na fachada do Harlem Hospital Center. Pursuit of Happiness, em busca da felicidade, do artista Vertis Hayes, é um olhar sobre a diáspora africana e foi feito originalmente em 1936, como parte de um programa público que financiou murais nos hospitais de Nova York – foi a primeira vez que o governo dos Estados Unidos financiou artistas de origem afro-americana. Apesar de seu tamanho, sua beleza e simbologia, o painel não integra roteiros turísticos convencionais. Quem presta atenção a ele são os moradores da região, além de um contingente cada vez maior de nova-iorquinos que sabem que o Harlem, no extremo norte de Manhattan, hoje, é “o” lugar para se estar. 

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Não o único lugar. Desde a inauguração, em novembro de 2014, do One World Trade Center, prédio que ocupa parte do terreno onde ficavam as Torres Gêmeas atacadas no fatídico 11 de setembro de 2001, a pontinha sul de Manhattan consolidou o seu renascimento. Há todo um novo conjunto arquitetônico que mudou a cara da região e aumentou o leque de passeios. Tornou o bairro indispensável para uma experiência completa na Nova York de agora. 

O fato de conhecer bem Nova York me permitiu uma experimentação logística desta vez. Interessada nos dois extremos de Manhattan, mas também em todas as atrações que ficam no caminho entre eles – os clássicos irresistíveis e as novidades, como o prédio novo do Museu Whitney de Arte Americana, no Meatpacking District – tive pela primeira vez a ideia de dividir os oito dias de estada em duas bases, dois hotéis, e, a partir deles, definir roteiros diários. 

Para explorar Lower Manhattan, o centro da ilha e o Brooklyn, fiquei quatro noites no novinho Iberostar 70 Park Avenue, a 5 minutos da Grand Central Station, que é um hub do metrô. Aberto há pouco mais de um ano, é um quatro-estrelas de quartos grandes e elegantes, bem charmoso, em um edifício de 1928. Diárias começam em US$ 195, para dois, sem café – o hotel não tem bar, restaurante ou serviço de quarto.

Para intensificar a experiência no Harlem, escolhi um hotel para ficar por três noites naquela área. O jovem e baladeiro Aloft tem o bar WXYZ, que junta uma moçada no começo de noite às sextas e sábados, quando há um DJ. Nos quartos, o destaque é o banheiro, lindo e com espelhão. Desde US$ 260 por noite, para duas pessoas. Fica a duas quadras do metrô, e por ali passa a linha A, que vai direto, sem baldeações, para o aeroporto JFK, o dos voos do e para o Brasil. Montar base no Harlem facilitou também o acesso às atrações do entorno do Central Park, cujo limite norte fica no bairro. 

A troca de hotel, embora seja um processo chatinho, se mostrou rápida e tranquila em Nova York. A estratégia é fazê-la logo pela manhã, de táxi, Uber ou próprio metrô, que funciona bem se você é do time que viaja leve – por falar nele, compre nas estações do metrô o Metrocard para 7 dias de viagens ilimitadas por US$ 32. O quarto no segundo hotel ainda não estará disponível, mas você guarda a mala na recepção e sai.

O roteiro dia a dia desta reportagem segue a ideia de organizar os passeios por bairros e, desta forma, não perder o que há de melhor na grande Nova York. De norte a sul.

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