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Novos espaços e obras que não se deve perder

Por Juliana Diógenes
Atualização:
Galeria Claudia Andujar no Inhotim. Foto: J.F.Dioria/Estadão

A comemoração pela primeira década do Instituto Inhotim não poderia ser de outra maneira: com novas exposições. No início de setembro, foram inauguradas duas novas mostras. Por Aqui Tudo é Novo e Light têm como objetivo criar uma nova leitura sobre o acervo do museu ao ar livre. 

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Apresentada na Galeria Mata, Por Aqui Tudo é Novo é baseada no relato de um certo viajante, James W. Weels. No final do século 19, Weels passou por Brumadinho e ficou surpreso com a região. A exposição mescla produções de artistas mais novos da coleção do instituto com trabalhos que marcaram os primeiros anos do lugar. 

Light, por sua vez, expõe trabalhos que têm a luz como elemento sensorial sob a perspectiva de diferentes artistas. Instalada na Galeria Lago, a mostra estabelece relações entre obras de Cao Guimarães, Cildo Meireles e Cláudia Andujar e trabalhos apresentados em diferentes momentos da existência do Inhotim. 

Folha boa para se comer crua, como alface ou rúcula. De sabor suave, vai bem em salada com outras folhas ou mesmo puras. Mas, como é bastante perecível e amarela rapidamente, é boa se usada bem fresca, ainda crocante. Foto:

Além das novas exposições, o Inhotim conta com um acervo de aproximadamente 700 obras de mais de 100 artistas brasileiros e estrangeiros, espalhadas por seus 140 hectares de área de visitação. Adriana Varejão, Tunga, Lygia Pape, Hélio Oiticica estão entre os mais conhecidos, mas há diversos tesouros escondidos pelo museu-parque – selecionamos alguns deles abaixo. Para visitar a maior parte das obras e curtir o belo paisagismo do local, no entanto, você vai precisar de no mínimo dois dias. 

Centro de Educação e Cultura Burle Marx e Yayoi Kusama. Um dos cantinhos escondidos de Inhotim, o Centro de Educação e Cultura Burle Marx é um espaço com salas de reunião e biblioteca voltada para o estudo de botânica. Ali, é possível sentar às mesas – quase sempre vazias – para descansar e admirar a quietude. Subindo as escadas por trás do café está a obra Narcissus Garden (2009), da artista japonesa Yayoi Kusama. Instaladas sobre uma lâmina d’água, bolas espelhadas se juntam, se espalham e mudam o cenário de acordo com a movimentação do vento. O trabalho é entrecortado por um jardim de plantas tropicais.

Galeria Claudia Andujar. Camuflado em uma densa mata tropical, o pavilhão é o segundo maior do parque e foi inaugurado em 2015. Exibe mais de 400 fotografias realizadas pela artista suíça Claudia Andujar entre 1970 e 2010 na Amazônia brasileira com os índios ianomâmis. O prédio foi projetado especialmente para receber a obra de Claudia – de tijolinhos artesanais, a ideia é que o lugar se confunda com a paisagem natural. Em alguns espaços da galeria, dá até para sentir o cheiro de terra. É o lugar ideal para gastar horas de contemplação sobre a cultura indígena. Destaque para a série de imagens das festividades xamânicas, que parecem estar em movimento. 

Bean Drop, obra de Chris Burden no Inhotim Foto: Adriana Moreira/Estadão

Forte Solitário. O nome não é a toa: o Forte Solitário (em inglês, Beehive Bunker) fica em um dos pontos mais altos do parque. De lá, é possível admirar a bela vista montanhosa da região. O forte é uma escultura do artista americano Chris Burden e foi instalada no ano de abertura do Inhotim. O local simula uma estrutura bélica de defesa, utilizada na Segunda Guerra Mundial, demonstrando uma preocupação de Burden com questões políticas. A obra é formada por 332 sacos de concreto instantâneo que, por um sistema de irrigação, enrijeceram de forma compacta. Se for subir a pé, prepare-se: o terreno é íngreme. Pouco antes está a obra Bean Drop, do mesmo artista. 

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