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O charme reinventado de Viena

Sem perder a elegância, cidade imprime jovialidade às atrações mais tradicionais. Uma mistura deliciosa

Foto do author Adriana Moreira
Por Adriana Moreira
Atualização:

Palácios luxuosos, concertos inspirados por Mozart e Strauss, ótimos museus. Elegante, Viena exibe com orgulho a herança dos Habsburgos, que governaram a cidade por 600 anos. Essa aura clássica, perfeitamente traduzida nas valsas e em prédios barrocos e renascentistas, continua intacta. Mas não é a única que você vai encontrar. A capital da Áustria vem recebendo investimentos para se tornar mais jovial e, sobretudo, moderna.

 

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Os acervos de arte já não se concentram apenas em palácios como o Hofburg. Inaugurado em 2001, o Museum Quartier exibe obras contemporâneas de qualidade em um espaço clean e acolhedor.Mesmo locais tradicionais vêm sendo repaginados. Há alguns anos, o Naschmarkt, espécie de mercadão ao ar livre, passou a abrigar restaurantes charmosos, que agora estão sempre lotados na hora do almoço. O entorno foi tomado por lojas de designers iniciantes e outros empreendimentos descolados.

 

Localizado no coração da metrópole, o Hofburg (

www.hofburg-wien.at

) é o edifício que melhor representa a diversidade arquitetônica de Viena. Sua construção data de 1452, mas vários prédios foram adicionados ao desenho original ao longo dos anos. Por isso, mistura elementos de arquitetura renascentista (século 15) e barroca (século 17).

O palácio era a residência de inverno dos Habsburgos, que reinaram sobre o Império Austro-Húngaro por mais de 600 anos. Parte dele ainda abriga o comando do país - presidente, chanceler e ministros - e não pode ser visitado. Nas outras salas, ficam os museus

(leia mais aqui).

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Proprietário da maior coleção de Gustav Klimt (1862-1918) do mundo, o Belvedere foi erguido no século 18 para ser a residência de verão do príncipe Eugene de Savoy. O palácio superior é reservado a exposições. Os apartamentos do príncipe ficam no palácio inferior, entre salas cobertas de mármore e tetos com afrescos de Martino Altomonte. O tíquete para visitar os dois prédios custa 13,50 euros (R$ 36). Site:

www.belvedere.at

.

O projeto do Haas House, que você vê na capa desta edição, provocou polêmica em 1990. Criado pelo arquiteto Hans Hollein, o prédio espelhado em pleno centro antigo inicialmente não foi bem recebido pelos moradores. Quase 20 anos depois de sua construção, virou o símbolo da modernidade que Viena deseja imprimir.

Não foi a primeira polêmica arquitetônica da cidade. Otto Wagner, que mais tarde viria a ser o urbanista-símbolo de Viena, sofreu com as críticas sobre o prédio dos Correios, finalizado em 1912. Também são projetos marcantes os edifícios decorados com desenhos e flores da Rua Linke Wienziele.

Wagner fez parte da Secessão, movimento de importância semelhante à da Semana Modernista de 1922 no Brasil. Fundado em 1897 por nomes como Gustav Klimt e Joseph Maria Olbrich, o grupo contestava o conservadorismo vienense.

O prédio da Secessão, construído em

art nouveau

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por Olbrich em 1898, nas proximidades do Naschmarkt, era um desafio aos retrógrados. Incorporava elementos símbolos da modernidade e, acima da entrada, levava os dizeres: To the Age, its Art. To Art, its Freedom (Para cada época sua arte. Para a arte, liberdade).

EFICIENTE - De bonde ou ônibus, é fácil ir para qualquer lugar

Sua primeira providência ao chegar na cidade deve ser comprar o Vienna Card. O passe dá direito a 72 horas de viagens ilimitadas de metrô, bonde e ônibus, além de oferecer descontos em atrações turísticas, táxis e no bilhete de metrô a partir do aeroporto. Custa 18,50 euros (R$ 49) e pode ser adquirido em hotéis, postos do centro de turismo e, com antecedência, pela internet (

www.wienkarte.at

)

Informações atualizadas sobre a cidade, como festivais, eventos, pontos turísticos, clima, dicas de hotéis e sugestões de tours variados estão no www.wien.info (em inglês). Mas um bom mapa faz faltaQuase todas as atrações principais de Viena podem ser exploradas a pé ou são facilmente alcançadas de metrô, bonde ou ônibus. Para chegar ao Belvedere, por exemplo, desça na Estação Hietzing e atravesse os belos jardins ao redor do palácio. O metrô também leva ao Schönbrunn, a 20 minutos do centro de Viena. Desça na estação de mesmo nomeDiversas vinícolas estão instaladas na periferia de Viena. Não faltam tours para conhecer algumas. É até possível encontrar vinho tinto, mas a especialidade local é mesmo o branco. Há uma lista de lugares abertos à visitação no www.wien.info.

 

Viagem a convite do Escritório de Turismo da Áustria

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