15 de setembro de 2009 | 03h14
Se Lúcio Costa foi o urbanista e Oscar Niemeyer o arquiteto de Brasília, Athos Bulcão pode ser considerado o seu decorador. O artista plástico morreu em julho do ano passado, mas deixou de herança um acervo de mais de 260 obras.
As criações de Bulcão estão de tal forma integradas à paisagem de Brasília que seus famosos azulejos com formas geométricas e seus painéis de mármore agora fazem parte de um roteiro turístico temático. Batizado como Brasília em Athos, o passeio foi criado pela Tríade, empresa de educação e conservação do patrimônio, e inclui pelo menos 15 pontos fundamentais onde o visitante pode admirar as obras do artista.
Nascido a poucos passos da Baía de Guanabara, Athos Bulcão trocou a paisagem carioca pela do cerrado em 1958, quando tinha 40 anos e a capital federal era pouco mais que um canteiro de obras de grandes proporções. O motivo, dizem, teria sido a beleza do céu e do manto cintilante de estrelas.
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Círculos e triângulos no Plano Piloto
Tudo o que surgiu de importante no Plano Piloto nos 50 anos seguintes ganhou o toque de Athos Bulcão. Do Palácio do Planalto à Catedral Metropolitana, do Teatro Nacional à Universidade de Brasília, da Torre da TV ao Parque da Cidade. Sua primeira obra, a Catedral Nossa Senhora de Fátima, conhecida como Igrejinha, é também a única figurativa - pode-se identificar pombas desenhadas nos azulejos. Todas as outras são abstratas combinações de cores e figuras geométricas
LOJA
Segundo a Fundação Athos Bulcão, que catalogou o acervo do artista pela cidade, há uma outra face de sua criação, menos conhecida do público: os desenhos e quadros.
Alguns exemplares originais com tiragem limitada estão à venda na sede da instituição (desde R$ 800). Na lojinha, incluída no tour, há também suvenires: camisetas, pratos, canecas e, é claro, azulejos (em tiragem limitadíssima).
Fundação Athos Bulcão: SAN Quadra 01 Bloco E. Tel.: (0--61) 3322-7801; fundathos.org.br
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