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O Facebook e Lawrence das Arábias

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Por Redação
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Nosso extraordinário correspondente confessa que, dada a enorme pressão de seus leitores, resolveu render-se e abriu uma página no Facebook com, of course, o nome de mr. Miles (facebook.com/milesestadao). "I'm having some fun, my friends, embora tenha a estranha sensação de que palavras jogadas em uma tela de computador sejam efêmeras e, my God, facilmente misturadas a outras mil bobagens que entopem essa caótica avenida virtual onde trafegam, juntos, patinetes, Bentleys e uma infinidade de carros roubados e sem chapa. Confesso que, até há pouco, a única rede social que conhecia era aquela que muitos dos meus contemporâneos usavam sobre os cabelos ao dormir, para não acordar com suas madeixas fora de prumo. Lembrei-me, however, da célebre frase de Benjamin Franklin 'You may delay, but time will not' (Você pode atrasar, mas o tempo não) e decidi não atrasar, porque britânicos não o fazem. Therefore, se vocês me derem o prazer de apreciar minha ainda pequena participação no Facebook, terei, as always, imensa satisfação em recebê-los." A seguir, a pergunta da semana: Dear mr. Miles: vou para a Jordânia no início de setembro (se Obama foi, por que não eu?). Gostaria que o homem mais viajado, mais divertido e mais carismático do turismo passasse alguma dica sobre esse lugar que deve ser wonderful. Um grande abraço. Isis Souza Pinto, por e-mail "Nice choice, my dear. A Jordânia é um país espetacular e, of course, sua maior atração é a incrível cidade de Petra, esculpida nas rochas pelo povo nabateu, há cerca de 2 mil anos. Uma das maravilhas do mundo, you must see! In fact, dear Isis, eu tenho ligações mais profundas com outro lugar fascinante dessa pequena nação encravada no Oriente Médio. Trata-se de Wadi Rum, uma espécie de Monument Valley jordaniano, com astonishing rocks, enormes monólitos de até 1.750 metros de altura, formando um labirinto no meio do deserto. Foi nessa região que o Príncipe Faisal Bin Hussein, Thomas Edward e eu montamos acampamento durante a revolta árabe contra os otomanos na Primeira Guerra Mundial. Thomas Edward era muito valente e os árabes chamavam-no de T.E. Lawrence. Excelente companheiro para o chá e, of course, para o whisky after battle. As pessoas mais jovens - como você, I presume -, conhecem-no como Lawrence das Arábias, pois foi esse o apelido que Thomas ganhou em um filme romanceado sobre a sua vida no ano de 1962. Unfortunately, falecido em 1935, ele não soube o tamanho da lenda que se tornaria. Voltando à sua pergunta, Isis, não deixe de conhecer, também, as ruínas romanas de Jerash, que só foram desencavadas nos anos 1970. Trata-se de um belo exemplo de urbe romana, do tempo em que os criadores do latim tinham como passatempo conquistar o resto do mundo. Anyway, be careful my dear: não vá no verão (a não ser que você queira virar uma batata frita) e, mesmo no inverno, esteja sempre protegida do sol inclemente que fustiga a região. Uma sugestão adicional: para refrescar-se ao final da viagem, siga até Aqaba, nas bordas do Mar Vermelho. A cidade, vizinha a Eilat, em Israel (que é outro país obrigatório no roteiro de qualquer viajante), é excelente para banhos de mar e, sobretudo, mergulhos submarinos. A água, ao contrário do que se poderia supor, é de um azul profundo. O nome deriva do reflexo ligeiramente escarlate que o deserto cor-de-rosa lança na superfície em certos horários do dia. Have a nice trip, my dear!" É O HOMEM MAIS VIAJADO DO MUNDO. ELE ESTEVE EM 183 PAÍSES E 16 TERRITÓRIOS ULTRAMARINOS

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