O que fazer em Corumbau, a capital do sossego

Com poucas pousadas e a duas horas de viagem do aeroporto mais próximo, vilarejo no sul da Bahia nunca está cheio demais. A pedida ali é relaxar – ou fazer um dos passeios abaixo

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Por Mariana Goulart Hueb
Atualização:
Mergulho nos arrefices da Praia Ponta do Corumbau Foto: Marcio Fernandes/Estadão

A viagem até Corumbau, no sul da Bahia, é um exercício de contemplação. Não somente pelo tempo que leva – cerca de 4 horas entre a saída de São Paulo e os pés na areia –, mas pelas paisagens que misturam praias, fazendas e o imponente Monte Pascoal. O pequeno distrito do município de Prado é o lugar ideal para descansar a cabeça, comer bem a e engatar bons papos.

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Corumbau tem apenas 700 moradores – e, mesmo nos feriados mais concorridos, o número de turistas não é suficiente para atrapalhar a calmaria. Diferentemente da badalada vizinha Caraíva, Corumbau conserva praias sempre sossegadas. A extensa faixa de areia branca é um convite para não fazer nada. 

Embora pequeno, o vilarejo teminfraestrutura turística razoável, com pousadas simples e luxuosas. A Pousada e Restaurante Canal do Pampo (73-99143-2920), por exemplo, é interessante para quem não quer gastar muito. Com quatro apartamentos, com ar condicionado, Wi-Fi e TV a cabo, tem diária com café a R$ 200 o casal. Apesar da simplicidade, a pousada é bem localizada e o restaurante, de frente para o mar, oferece porções saborosas. A proprietária, Goinha Santos, conhece Corumbau como ninguém e é excelente companhia para uma conversa na varanda, regada a caipirinha.

Em contrapartida, o luxo oferecido pelo Vila Naiá não destoa da simplicidade da região. Rústico e confortável, o hotel se mistura à paisagem e oferece ao hóspede a possibilidade de estar em contato com a natureza, sem deixar de lado um serviço impecável. São apenas oito suítes, a poucos metros da praia. Não à toa, recebeu o prêmio de melhor hotel de praia da América do Sul, dado pelo guia Condé Nast Johansens em 2011. As diárias para o casal, com café, começam em R$ 1.200. 

Se entre um mergulho e outro você se entediar, escolha uma das atrações abaixo e divirta-se.

BALEIAS

Observação de baleia jubarte, programa em Corumbau Foto: Fabio Vicentini/Divulgação

As jubartes visitam o litoral da Bahia de julho a novembro, para se reproduzir e dar à luz seus filhotes. Para quem está em Corumbau, é preciso pegar a estrada até Cumuraxatiba, a 77 km. Lá, a Aquamar oferece passeios de barco para avistar os animais. Custa R$ 80 por pessoa e dura três horas, mas é importante ficar atento à previsão do tempo. É claro que você vai querer tirar fotos, mas não faça disso a razão do tour – a não ser que você seja um especialista, as imagens raramente ficam boas. Não esqueça o remédio para enjoo. Você vai precisar. 

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MONTE PASCOAL Apesar de os 15 km de praia serem tentadores para quem visita Corumbau, o passeio até o Monte Pascoal pode surpreender. Para chegar ao Parque Nacional Monte Pascoal é preciso contratar o serviço de transporte  (R$ 350 para quatro pessoas, informe-se no seu hotel). A entrada no Parque custa R$ 5 e o ideal é contratar um guia que pode acompanhar o turista em caminhadas na base do morro ou em trilhas na íngreme subida de quase 1.700 metros. Vale o esforço. A vegetação de restinga é coadjuvante quando se tem a vista para as praias.

GASTRONOMIA

Não precisa se preocupar com relação a comida em Corumbau. Os poucos restaurantes do distrito oferecem pratos bem feitos e fartos. Na Pousada do Pampo, a pedida é o arroz de polvo (R$ 120 para duas pessoas). Já no restaurante Cantinho Nativo, o carro-chefe é o bobó de camarão (R$ 80, para dois). O restaurante do Vila Naiá também atende não-hóspedes – o cardápio à la carte oferece entrada, prato principal e sobremesa por R$ 250. Os ingredientes são, em sua maioria, produzidos no próprio hotel. Se passar por Prado, aproveite os restaurantes do Beco das Garrafas – leia mais aqui.

PATAXÓS A seis quilômetros de Corumbau fica a aldeia indígena de Barra Velha. Para visitá-la a partir do vilarejo,é preciso contratar um serviço de barco (R$ 200), que sobe o Rio Corumbau. O passeio, feito em meio ao mangue, é delicioso e dura cerca de meia hora. Ao chegar, não espere encontrar uma aldeia tradicional. O local possui casas de alvenaria, mas isso não acaba com o encanto. Os índios produzem artesanato e bijuterias e ensinam aos turistas cantos e rezas do povo pataxó. O Vila Naiá organiza visitas de pequenos grupos de índios no hotel. Lá, eles dão aulas de artesanato para os hóspedes, que depois podem comprar itens de artesanato. 

COMO CHEGAR

A Azul leva de São Paulo a Teixeira de Freitas (BA), com conexão em Belo Horizonte. Para ir até Corumbau, informe-se com seu hotel para contratar o transfer – são 2 horas de viagem. Também é possível chegar por Porto Seguro, a 220 km de Corumbau, e alugar um carro

Viagem a convite da Secretaria de Turismo, Esporte e Cultura de Prado, da Azul e do Vila Naiá

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