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Obras conquistam espaço em galerias de Londres e NY

Nas duas metrópoles, arte urbana vira referência em endereços badalados como a respeitada Tate Modern

Por Monica Nobrega
Atualização:

A proposta do Museu Efêmero é única por criar um roteiro de visitação à arte de rua sem tirá-la de seu ambiente. Mas várias formas de manifestações estéticas urbanas estão ganhando espaço em museus e galerias - e alimentando o debate a respeito do valor de se fazer isso.

 

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Entre maio e agosto do ano passado, grafites gigantes decoraram a fachada da respeitada Tate Modern, em Londres - entre eles, um trabalho da dupla de grafiteiros mais pop do Brasil, Osgemeos. Também na capital inglesa, no badalado Soho, a Galeria Lazarides tem no acervo obras como as do britânico Banksy, referência mundial em arte de rua. E reúne ainda trabalhos de fotógrafos, escultores e até de taxidermistas em um acervo tão variado que acabou batizado de outsider art, algo como "arte fora do padrão". Boa notícia para os consumistas: tudo ali está à venda. Contracultura e artistas cuja trajetória começou na rua brilham ainda na Elms Lester Painting Rooms, outra galeria londrina, localizada em um edifício do começo do século 20, na região de West End. Nova YorkBerço do grafite nos anos 1970, Nova York tem bons espaços dedicados à arte de rua. Na Long Island University, o Street Art Museum é uma espécie de anexo do Hillwood Art Museum. Shepard Fairey, o autor do retrato-símbolo da campanha de Barack Obama (recém-adquirido pelo gigante Instituto Smithsonian), tem trabalhos expostos lá. A Galeria Jonathan Levine, outro bom endereço para ver arte de rua na cidade, recebeu no começo do ano uma exposição individual do brasileiro Stephan Doitschinoff, paulistano apesar do nome búlgaro, mais conhecido como Calma. Entre os próximos destaques estão os personagens do ilustrador indiano radicado no Canadá Gary Taxali, em mostra que vai de 4 de abril a 2 de maio. A ultracolorida Deitch Project é outra opção em Nova York para quem quer ver grafite. O ambiente deixa o visitante bem à vontade para circular por corredores forrados de trabalhos artísticos. Entre outros, o acervo conta com trabalhos de Barry McGee, que mescla a tradição grafiteira das décadas de 1970 e 1980 a influências do muralismo, movimento mexicano da mesma época. Não à toa, a galeria fica no Soho, bairro de intensa vida artística na Baixa Manhattan.

 

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