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Ônibus com rampas, a regra em Edimburgo

Por EDIMBURGO
Atualização:

Se há duas semanas Edimburgo contava com seis opções de ônibus turísticos, cada um percorrendo uma rota distinta, agora são apenas quatro. O vintage bus, o mais antigo de todos e um dos mais procurados pelos visitantes, saiu de circulação por ser o único não adaptado para cadeirantes. Ele só voltará às ruas no ano que vem, depois de ganhar as devidas rampas, também presentes em todos os ônibus urbanos da capital escocesa.Daí é possível ter uma ideia de como questões do turismo acessível são tratadas pelo destino. Deficientes visuais, auditivos e cadeirantes circulam tranquilamente pelas calçadas bem conservadas da cidade, assim como têm acesso facilitado na maioria dos restaurantes, lojas e hotéis. Apesar de ser uma construção medieval - e, por esse motivo, com caminhos que oferecem dificuldade até mesmo para quem não tem qualquer deficiência física -, o castelo de Edimburgo, maior atração local, tem rampas de acesso para a maioria de suas áreas. A exposição mais disputada, que exibe as joias da realeza da Escócia, é totalmente acessível para cadeirantes, conta com informações em braile e aceita cães-guia (para entrar no país, o cão precisa ter documentos, vacinas e um chip interno de acordo com as regras do Reino Unido: defra.gov.uk/wildlife-pets/pets/travel) . O visitante pode ainda alugar lá mesmo uma cadeira de rodas ou solicitar o auxílio de carrinhos de golfe.Depois de sua última viagem sob o comando da família real, em 1997, o iate Britannia foi ancorado em Edimburgo e transformado em museu. Apesar dos desafios que seu ambiente interno proporciona, faz inveja no quesito acessibilidade. Todos os andares são dotados de rampas ou elevadores, aceita cães-guia e conta com audioguias, combinação que lhe rendeu a máxima classificação em acessibilidade turística pelo VisitScotland, o escritório turístico nacional.Glasgow. A maior cidade da Escócia - e a segunda mais visitada por turistas estrangeiros depois de Edimburgo -, segue a mesma linha da capital. Neste ano, Glasgow renovou sua frota de ônibus turísticos e colocou nas ruas cinco novas unidades que fazem o tour hop-on/hop-off. Todos com acesso a cadeiras de rodas. Caminhar pelas ruas e admirar a arquitetura dos prédios, visitar a catedral da cidade ou descansar no jardim botânico também são opções acessíveis a qualquer turista.Com mais de 30 galerias de arte e museus, a cidade se orgulha de ter quase todos dentro das normas de acessibilidade. Um exemplo é o novo Riverside Museum, inaugurado em 2011. Com vasto acervo de antigos meios de transportes, é dotado de atrações interativas que contam a evolução do segmento no país. Tudo com altura ideal e ao alcance das pessoas com necessidades especiais. Tem mais: quando um turista visita o local acompanhado de seu cão-guia, vale pedir, além do audioguia, uma vasilha de água para saciar a sede do cachorro. / BRUNA TIUSSU

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