Os passaportes mais poderosos do mundo

Cidadãos do Japão e de Cingapura são os que podem entrar em mais países sem visto. Passaporte brasileiro é o segundo mais poderoso da América Latina

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Por Redação
Atualização:
Mais que um simples documento de identidade, o passaporte é capaz de abrir (ou fechar) portas para os viajantes, de acordo com a nacionalidade e o destino desejado Foto: Jacqueline Macou/Pixabay

Mais que um simples documento de identificação do viajante, o passaporte tem o poder de abrir portas. Ou fechar portas. Afinal, a liberdade de ir e vir e viajar para onde se bem entender não é absoluta. Ela esbarra na exigência de vistos que alguns países impõem para outros cidadãos de países, por razões diversas - desde uma tentativa de frear um risco (potencial ou hipotético) de imigração ilegal, até uma simples questão de reciprocidade, ao dar a um país o mesmo tratamento que ele dispensa aos seus cidadãos.

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Por isso, os passaportes de algumas nacionalidades são mais "valiosos" que os de outras: porque eles conferem aos seus portadores o direito de visitar um número maior de países sem a necessidade de pleitear um visto - e o risco de ter o pedido negado. Um ranking feito anualmente há 14 anos, o Henley Passport Index, lista quais são passaportes mais poderosos do mundo. 

Os queridinhos

De acordo com a última edição do ranking, publicada nesta semana, Japão e Cingapura empataram em primeiro lugar. Cada um desses passaportes consegue acessar 190 destinos sem a necessidade de visto. Os dois países desbancaram a Alemanha, que liderava o ranking em 2018.

Aliás, esse protagonismo asiático é um fenômeno recente. Durante boa parte da trajetória de 14 anos do índice, os primeiros lugares foram sempre dominados por países europeus. Agora, os orientais começam a se destacar: a Coreia do Sul ocupa a segunda posição, com 188 países, empatada com Alemanha e Finlândia.

Terceira, quarta e quinta colocações são dominadas pelos europeus: Itália, Dinamarca e Luxemburgo (187 países), França, Espanha e Suécia (186) e Portugal, Holanda e Áustria (185). Os Estados Unidos só aparecem em sexto lugar, posição mais baixa que ocupam desde 2010, com 184 destinos, empatados com Suíça, Noruega e Inglaterra.

E o Brasil?

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Não temos o mesmo status dos países europeus, é verdade, mas somos o país com a segunda melhor colocação na América Latina: 17ª posição no ranking geral, em empate com a Argentina. Brasileiros e argentinos podem visitar 170 países sem necessidade de visto. Só perdemos para os chilenos, em 13º lugar, com 174 destinos. 

Neste link, é possível consultar, para o passaporte brasileiro ou de qualquer outra nacionalidade, quais são os países para os quais é ou não exigido visto. Em alguns casos, é possível obter o visto por meio de requerimento eletrônico pela internet (eTa), enquanto outros países concedem o visto on arrival, no qual o visitante solicita, paga e recebe a permissão já no aeroporto de destino.

O Henley Passport Index é elaborado com base em dados da Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo, na sigla em inglês), reforçados por comentários de especialistas do setor. A lista passa por atualizações periódicas ao longo de cada ano. 

Ser dispensado da necessidade de obtenção de visto facilita um bocado a vida do viajante, que não precisa passar por um procedimento burocrático, que pode ser moroso e/ou caro. Mas, é bom lembrar, isso não garante a entrada do interessado no país desejado. Ao chegar no aeroporto de destino, o viajante pode ter seu ingresso negado, a critério das autoridades de imigração.

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