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Pausa para ver o mundo e crescer

Por Claudia Martins
Atualização:

A aproximação do fim do ano levanta a questão habitual das resoluções para o ano-novo. É um momento voltado à reflexão, ao questionamento e ao planejamento de metas em busca de novos caminhos para a realização profissional e pessoal. Seja qual for o objetivo, a recomendação é planejar tudo com antecedência, principalmente se a idéia é tirar um gap year (ou período sabático), concedido tanto para estudantes como para profissionais já estabelecidos. No caso dos adultos, quem tira esse tipo de pausa é, em geral, o profissional que deseja dar uma guinada na carreira ou dedicar algum tempo à realização de um sonho. A decisão pode ser pessoal ou partir da empresa, que acredita no aumento da produtividade por meio da interrupção programada, remunerada ou não, sem relação com as férias. Para esse público mais maduro e já com certa estabilidade financeira, as opções para estudar idiomas combinadas com atividades culturais são infinitas e com início em todos os meses do ano. Italiano com culinária siciliana, francês com degustação de vinhos ou moda, espanhol com dança flamenca ou tango, inglês com golfe, inglês para profissionais de diversas áreas e extensões universitárias são algumas das opções. Independentemente da duração do período sabático - um ou mais meses ou um ano inteiro -, morar temporariamente fora do país de origem é uma oportunidade para ver como as pessoas de outros países lidam com a formação profissional. Estudantes Já o gap year é ideal para jovens que desejam dar novo rumo à vida pessoal e profissional ou estão na fase de transição entre o ensino médio e a universidade, mas ainda não descobriram sua vocação. Uma pausa entre um ciclo e outro da vida. O conceito de tirar um ano para viajar pelo mundo antes de ter um emprego, casar e ter filhos surgiu na década de 1960, na Inglaterra. Mais do que registrar belas paisagens e colecionar aventuras, esses viajantes têm interesse em vivenciar a cultura local, aprender um novo idioma, adquirir experiência e voltar para casa com a bagagem repleta de conhecimentos para a vida toda. No caso de muitos dos jovens que concluem o ensino médio e não decidiram qual profissão seguir, os próprios pais incentivam a viagem internacional. As famílias são atraídas pelas oportunidades educacionais que cada país oferece para incrementar o aprendizado do jovem - e também pela possibilidade de dar a ele mais tempo para escolher um curso universitário. A Austrália, por exemplo, tem 39 universidades - 2 públicas - que se destacam entre as melhores do mundo em várias áreas. As profissões técnicas também são muito valorizadas: há vários cursos nas áreas de turismo, hotelaria, gastronomia, design de interiores, aviação e outros, oferecidos por escolas renomadas. Na vizinha Nova Zelândia, país que respeita a natureza e as tradições culturais, o foco é no equilíbrio: nas escolas de ensino médio, o estudo e a prática das artes têm o mesmo valor de disciplinas como matemática, química, física e biologia. O país respeita e valoriza todos os tipos de carreiras: das mais tradicionais às práticas e artísticas. O modelo universitário dos Estados Unidos prevê os dois primeiros anos de faculdade como básicos, com matérias que são um prolongamento do currículo do ensino médio e outras destinadas a fornecer as primeiras noções da parte específica do curso. Isso dá fôlego ao amadurecimento e permite o primeiro contato com as diversas possibilidades de estudo. Em seguida, o aluno escolhe seu enfoque principal. Para quem pretende aderir ao período sabático recomenda-se analisar e planejar minuciosamente todos os detalhes da viagem: da parte financeira à escolha dos destinos mais adequados às necessidades de busca pessoal. Dessa forma, aproveita-se melhor a vivência para aprimorar as capacidades de aceitar as diferenças e de enfrentar desafios com mais confiança. * Claudia Martins, gerente de Comunicação do Student Travel Bureau (STB)

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