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Pegue pesado e ganhe experiência

Universitários trocam férias por semanas de trabalho em hotéis e restaurantes. Recompensa: upgrade curricular

Por Camila Anauate
Atualização:

Parece improvável trocar as férias de verão no Brasil pelo trabalho pesado em hotéis, restaurantes e estações de esqui durante o inverno no Hemisfério Norte - os programas de intercâmbio combinado com trabalho ocorrem entre dezembro e março, durante as férias escolares, mas é bom pesquisar desde já as melhores opções. A idéia de viver e trabalhar no exterior atrai cada vez mais jovens universitários em busca de liberdade, autonomia e (muitos) desafios. Além de um upgrade no currículo. A experiência internacional é valorizada por grandes empresas, afinal, prepara o jovem para situações adversas. ''O universitário já viaja com o foco no trabalho'', explica a gerente de Produtos da Experimento, Emília Miguel. ''Mais do que útil para aprimorar o inglês, o programa é uma experiência de vida.'' A farmacêutica Vivian Machado Lopes, de 25 anos, que fez o programa de trabalho remunerado em 2004, concorda. ''Morar fora do País e aprender outra cultura contribuem muito para o amadurecimento pessoal'', revela. Vivian viveu durante três meses em uma pequena cidade na Virgínia, nos Estados Unidos, e trabalhou como camareira em um hotel de renome. ''O programa só vale a pena para quem está realmente disposto a trabalhar duro'', comenta. ''Outra dica para treinar bastante o inglês é não morar com outros brasileiros.'' Para participar, o jovem precisa ter entre 18 e 28 anos, estar na universidade e ter nível intermediário de inglês. Mais importante: estar preparado e disposto a limpar banheiro ou fritar hambúrguer, atividades nada comuns no dia-a-dia no Brasil. Os empregadores fazem parte do mercado de serviços e entretenimento e podem ser desde hotéis e restaurantes até estações de esqui. O salário varia muito, entre US$ 5 e US$ 12 por hora. Com esse dinheiro, o jovem poderá pagar estada e alimentação. ''O programa tem ótimo custo-benefício'', avalia a diretora da Intercultural, Flávia Rizzo. Só no ano passado, a empresa enviou 4 mil jovens para os Estados Unidos. Segundo Flávia, outras opções de intercâmbio de trabalho estão surgindo em países como Canadá, Irlanda, Austrália e Inglaterra. PACOTES Confira opções de pacotes para trabalhos remunerados no exterior. Os roteiros incluem os testes de seleção, orientação, colocação profissional e emissão de documento para o visto: A BEX tem um programa de trabalho remunerado na França, com duração de três meses, por 1.300. A CI tem um programa de trabalho em acampamento nos Estados Unidos por US$ 600. A inscrição custa US$ 150. Inclui alimentação e acomodação. A Connection Line tem programa nos EUA por R$ 2.250. A Experimento tem programa de estudo e trabalho no Canadá, de 24 semanas, por US$ 4.214. A acomodação custa US$ 182 por semana. Na Friends in the World, programa nos EUA por US$ 1.250. A Intercâmbio & Cia tem programa na Austrália, com duração mínima de 16 semanas. Por 1.550 dólares australianos. O Work Experience, da Intercultural, nos EUA, custa a partir de R$ 3.700 e inclui aéreo. A SIP tem programa de estudo e trabalho no Canadá, com duração de 24 semanas, por US$ 4.056. O Experience USA, do STB, custa R$ 2.856 até dia 30.

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