Quem espera nem sempre alcança, mas, no caso do japonês Jesse Takayama, o ditado se cumpriu. Depois de sete meses no Peru aguardando a reabertura de Machu Picchu, fechado por causa da pandemia do novo coronavírus, ele finalmente realizou seu sonho. No dia 10 de outubro, conseguiu a proeza de ter o sítio arqueológico aberto apenas para sua visita – o retorno do público está previsto oficialmente para novembro.
"Isso é incrível! Muito obrigado!", disse o turista ao ver Machu Picchu do topo da montanha. O ministro da Cultura, Alejandro Neyra, explicou, em uma coletiva de imprensa virtual, que Takayama pretendia passar apenas uns dias no Peru para ver o sítio arqueológico. Desde o meio de março, ele estava hospedado na cidade de Aguas Calientes, ponto de partida para visitar o Patrimônio Mundial da Humanidade, aguardando a permissão.
“Ele veio para o Peru com esse sonho de conseguir entrar (em Machu Picchu)” disse o ministro peruano, de acordo com a Reuters. “O cidadão japonês entrou com o diretor do parque, então, ele conseguiu fazer isso antes de retornar a seu país”, completou Neyra.
A reabertura de Machu Picchu está marcada para novembro, embora o ministro não tenha mencionado a data específica. O sítio receberá 30% de sua capacidade total, de 675 pessoas por dia. “Ainda estamos em uma pandemia. Isso será feito com todo o cuidado necessário”, afirmou o ministro peruano.
"Depois de meses de espera, a primeira pessoa a entrar em Machu Picchu fui euuuuuuu", escreveu ele em uma postagem nas redes sociais. Katayama disse a uma empresa de comunicação japonesa que ele considerou voltar a seu país em um dos voos emergenciais que o Japão organizou, mas achou muito caro e decidiu ficar, e partir assim que Machu Picchu reabrisse.
A espera valeu a pena, e ele se tornou uma celebridade local quando o jornal peruano La República cobriu sua jornada, com o título de "O último turista de Machu Picchu".
"Fiquei com o único propósito de conhecer esta maravilha e não queria ir embora sem fazer isso", declarou ele à imprensa. /COM REUTERS E THE NEW YORK TIMES