Porto Santo, onde tudo começou

Na primeira parada dos descobridores, praia de areia dourada, museu e moinhos são as atrações

PUBLICIDADE

Por Rosangela Dolis
Atualização:

Como a Ilha da Madeira praticamente não tem praias - sua costa é recortada por falésias e trechos cobertos de pedra -, a melhor opção para esticar o corpo ao sol é seguir até Porto Santo. A 50 quilômetros dali, essa outra integrante do arquipélago da Madeira ganhou o apelido de Ilha Dourada por causa de seu litoral de areia fina. Mesmo assim, você vai notar, não se trata de uma vastíssima praia: são tão somente 9 quilômetros. Com mais tempo disponível na região, é possível ficar hospedado algum tempo em Porto Santo, que tem boa estrutura de hotéis e restaurantes. Mas nada impede o turista de aproveitar um passeio simples, de um dia, na ilha vizinha. Suas dimensões ajudam - 4 quilômetros de comprimento por 12 de largura -, assim como o serviço diário de ferry-boats entre as localidades. As embarcações, que levam passageiros e carros, partem da Madeira pela manhã e retornam no fim do dia. O trajeto dura cerca de duas horas e custa a partir de 65 (R$ 193,18). As faixas de areia fininha são, de longe, a atração mais procurada de Porto Santo. Mas muitos buscam a ilha também para a prática de esportes náuticos, com destaque absoluto para o mergulho. As atividades em terra não decepcionam. Vale, por exemplo, subir ao Pico do Castelo, que ganhou esse nome por causa da pequena fortaleza (hoje em ruínas) construída ali para evitar o ataque de piratas. Lá do alto, você tem uma visão ampla da ilha e do Atlântico. Por ter relevo bem mais plano que o da Madeira, Porto Santo fica mais exposta aos ventos e utiliza isso a seu favor. Desde 1794, quando o primeiro foi instalado na ilha, os moinhos fazem parte da paisagem local. Alguns funcionam até hoje. COLOMBO Além de ter sido a primeira ilha do arquipélago descoberta pelos portugueses, Porto Santo se orgulha de, por alguns anos, ter servido de lar para Cristóvão Colombo. O imóvel onde o descobridor das Américas morou foi transformado na Casa Museu Cristóvão Colombo e fica na cidade de Vila Baleira, a principal da ilha. O acervo do museu inclui retratos de Colombo, tirados no século 16, além de mapas com as diferentes rotas que ele percorreu. ALTERNATIVOS As opções de passeios no arquipélago são inúmeras. Em uma simples caminhada pela marina de Funchal o turista descobre quais são os principais tours - ou os que combinam mais com seus interesses. Os programas para observar tartarugas, golfinhos e baleias estão entre os preferidos dos visitantes. As agências realizam os passeios em dois turnos, às 10h30 e às 15 horas, em geral. São três horas no mar por a partir de 25 (R$ 74,30). Golfinhos e baleias podem aparecer, também, durante os tours realizados em uma réplica da nau Santa Maria, integrante da frota de Colombo. Construída em 1998, a embarcação navega na costa madeirense. Se os animais resolverem chegar perto, você pode descer e nadar com eles. A "grande navegação" dura três horas e custa 27,50 (R$ 81,73), com duas saídas diárias. Conhecer as demais ilhas do arquipélago - as Desertas e as Selvagens - requer mais tempo. Todas são reservas naturais e só podem ser visitadas em minicruzeiros de um dia inteiro. O tour sai por 80 (R$ 237,76). Casa Museu Cristóvão Colombo: Rua Cristóvão Colombo, 12, Cidade Vila Baleira; www.museucolombo-portosanto.com Ferry-boat: barcos saem da Rua da Praia ou do Porto do Funchal; Porto Santo Line (www.portosantoline.pt) Nau Santa Maria: o passeio sai da marina do Funchal; www.santamariacolombo.com

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.