Porto Seguro, onde tudo começou

Além dos locais de festas, centro histórico da cidade lembra muito do passado do Brasil; veja lugares para visitar e onde comer

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Por Pedro Sibahi
Atualização:
Igreja de Nossa Senhora da Pena Foto: Pedro Sibahi

Desde os anos 1990, Porto Seguro se tornou destino favorito de jovens que estão para se formar no ensino médio, especialmente nos meses de julho e outubro. Contudo, não é apenas de festas e da famosa Passarela do Álcool (oficialmente chamada de Passarela do Descobrimento) que vive a cidade baiana.

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Um dos destaques é o centro histórico, localizado no alto de um aclive, com casinhas coloridas que datam do início da colonização. No local há um marco do descobrimento, feito em pedra talhada, que veio de Portugal no início do século 16. Entre as igrejas, chama atenção a de Nossa Senhora da Pena, de 1551, que abriga imagens religiosas dos séculos 16 e 17. Bem ao lado fica o farol, de onde é possível ter uma bela vista do mar, rememorando os perigos das navegações em tempos passados. A poucas quadras encontra-se a Igreja de São Benedito, de arquitetura mais simples, que serviu de local para a primeira escola jesuíta do Brasil.

Já as ruas do centro novo de Porto Seguro, na parte sul da cidade, abrigam as mais diversas opções de restaurantes, especialmente na Rua Portugal, ou no ponto conhecido como O Beco. Um jantar de comida italiana pode ser encontrado na Casa da Esquina, onde o talharim ao funghi com medalhão sai por R$ 62. Já o Adega Restô serve comida brasileira de qualidade, como o carré de porco (R$ 54) ou o badejo com majericão (R$ 59).

Se quiser saborear um típico acarajé de rua, com massa aerada, batida à mão, busque a barraca da Nilza. Ela costuma ficar na esquina da Rua Itagibá com a Avenida Getúlio Vargas, normalmente no fim da tarde. 

Após um dia de passeios, escolha uma mesa em frente ao Rio Buranhém, onde ficam aportados muitos dos barqueiros locais. O pôr do sol reflete belos tons de laranja sobre suas águas que balançam com mansidão. Ali, o restaurante Gallo oferece cerveja gelada (R$ 11) e pratos como moqueca de camarão (R$ 130) e o guaiamum cozido (R$ 14).

Pôr-do-sol no rio Buranhem, em Porto Seguro Foto: Pedro Sibahi

Os amantes da natureza não podem deixar de visitar o Parque Nacional do Pau Brasil, a cerca de 40 km da cidade pela Rodovia BA-367 – o parque também é acessível a partir de Arraial D’Ajuda. Na reserva, a Mata Atlântica nativa está preservada em uma diversidade que se compara a poucos lugares do país. Além de espécies raras de plantas, como bromélias gigantes e o famoso pau-brasil, eventualmente é possível avistar antas, preguiças e tamanduás.

Com uma área de quase 20 mil hectares, o parque só pode ser visitado a pé ou de bicicleta. Possui dois caminhos principais: um leva à Cachoeira do Jacuba; o outro, a diversas trilhas temáticas. 

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Árvores gigantes e bromélias no Parque Nacional do Pau Brasil Foto: Pedro Sibahi

Fui pedalando desde Trancoso, o que me rendeu um total de 100 km entre ida e volta. Entretanto, é possível contratar em Porto Seguro o serviço de agências que fazem o traslado até a entrada do lugar e disponibilizam bicicletas, como a Bahia Active (73-3288-2095 ou 73-99985-9840). 

Quem vai por conta própria e de carro até lá precisa agendar a visita pelo email parnadopaubrasil@gmail.com. O parque (2ª a 6ª, 8h30/16h) está em processo de implementação de uma administração privada e passará a cobrar entrada.

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