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Rota da balada: no ritmo das pistas

Entre no compasso dos mais interssantes clubes mundiais, seguindo a rota dos principais DJs brasileiros

Por Fabiana Caso
Atualização:

 

Atenda ao chamado das luzes coloridas e deixe os beats guiarem sua viagem. Para entender a personalidade das cidades, troque pelo menos um dia pela noite - nada como vivenciar com os próprios sentidos as melhores baladas do planeta. Sinta a atmosfera, deixe-se levar pela vibração da música, repare nos tipos locais, mergulhe na festa e não assuma compromisso algum com a manhã seguinte.

 

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Nessa busca, vale conferir o roteiro traçado por quatro dos principais DJs e produtores brasileiros. Nossos embaixadores da música eletrônica rodam o mundo para se apresentar nas cabines dos maiores clubes e nos mais importantes festivais. Eles acabam de voltar das turnês de verão do Hemisfério Norte, e a pedido do Viagem, elegem as cidades mais agitadas do momento, assim como as melhores baladas do planeta. E fazem uma seleção exclusiva de músicas de pista. Ao contrário do que se esperaria, não há consenso: cada um prefere um local diferente.

 

 

A única (quase) unanimidade é o continente europeu: apenas um dos quatro saiu do eixo e escolheu Tóquio. E, apesar de não ser a primeira opção de nenhum deles, Barcelona foi lembrada com carinho, como um lugar que ainda tem boas baladas e atmosfera vibrante.

 

As preferências de nossos artistas também não coincidem com a dos leitores votantes da revista inglesa DJ Mag - referência da cena eletrônica mundial. Pela primeira vez, o ranking dos 100 melhores clubes foi escolhido exclusivamente pelos leitores. E trouxe surpresas em 2010. Como a premiação do clube Sankeys, de Manchester, Inglaterra, como o primeiríssimo. As baladas turísticas de Ibiza também galgaram posições, deixando os clubes de Berlim um pouco para trás. Em 2009, a cidade estava em primeiro com o Berghain/ Panorama Bar.

 

Mesmo assim, um especialista em tendências da cena eletrônica aponta a capital alemã como a cidade mais cool do globo quando o assunto é balada. Jornalista, DJ, organizador de festa e coautor do livro Last Night a DJ Saved my Life, Bill Brewster reforça que a cena floresceu porque muitos DJs e artistas adotaram Berlim como casa.

 

"Isso ocorre provavelmente por ser uma cidade muito barata para se viver, ao contrário de Londres", comenta. "Os clubes têm uma ótima atmosfera e usam os espaços de forma inventiva. A maioria está do lado oriental, instalada em prédios interessantes, antigas fábricas e locais que tinham outras funções." Mesmo assim, ele prefere sua Londres natal. "Temos uma cultura de clubes vibrante há 20 ou 25 anos."

 

 

No cenário globalizado atual, não se admire se ouvir as mesmas músicas e ver o mesmo dress code em Berlim, Paris ou São Paulo. Mas também há particularidades que merecem ser conhecidas de perto.

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A começar pela maior oferta de apresentações ao vivo na Europa - procure os lives de top DJs como David Guetta e Paul Van Dyk. Repare ainda nos horários diferentes de entrada e saída, no ambiente, nos níveis de vibração e até nos preços discrepantes em locais como Berlim (barata) e Ibiza (caríssima). E o principal: aproveite para travar contato com os habitantes mais relaxados e soltos quando libertos do horário de labuta. Aproveite, sem moderação.