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Segurança em cruzeiro com crianças: o que você precisa saber

Pense em trocar a cabine com varanda por uma com janela

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Por Monica Nobrega
Atualização:
Ter atenção às coisas certas e aos combinados indispensáveis para evitar riscos Foto: Mônica Nobrega/Estadão

Do turismo também chega notícia triste. Recentemente, uma criança de 18 meses, americana do Estado de Indiana, morreu ao cair de um cruzeiro aportado em San Juan, capital de Porto Rico, no Caribe. Uma altura de 11 andares. É motivo para perguntar: cruzeiros são inseguros para nossos filhos? Companhias de cruzeiros seguem protocolos internacionais de segurança determinados pela convenção Solas (sigla em inglês para Segurança da Vida Humana no Mar) da Organização Marítima Internacional, braço da ONU. As normas trazem parâmetros para a construção de navios, tratam de situações de incêndio a bordo, panes variadas, equipamentos de salvamento, naufrágio – mas nada específico sobre crianças.  O caso de Porto Rico está sendo investigado para apurar se houve negligência da armadora. Independentemente da conclusão, no entanto, embarcações gigantescas com até 18 andares de altura, labirintos de corredores, salões, vãos livres e milhares de pessoas a bordo são, sim, lugares que inspiram cuidados extras com crianças e adolescentes.  Não é caso de paranoia, nem de desistir das férias a bordo (inclusive as ofertas para a temporada 2019/2020 no litoral brasileiro, do tipo segundo e terceiro passageiros grátis, tradicionalmente começam entre agosto e setembro). A questão é ter atenção às coisas certas e aos combinados indispensáveis. Veja o que você precisa saber: 

Para começar

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A identificação completa das crianças deve ser garantida no check-in. Alguns navios fornecem pulseiras, outros, cartões eletrônicos que funcionam também como chave da cabine. Acrescente aos registros os números de celular dos responsáveis.

Varanda

Antes de ter filho eu me perguntava por que comprar uma cabine sem varanda – a economia não vale a claustrofobia. Sim, muitos navios têm proteção de vidro para impedir que os pequenos escalem os guarda-corpos e as cadeiras podem ser retiradas da varanda se a gente pedir. Mesmo assim, hoje prefiro uma simples janela e a certeza de que a criança não vai abrir a porta e ir sozinha lá fora enquanto eu durmo. (Já as cabines internas, sem janela, continuo achando impossíveis de suportar.) 

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Por dentro

Cair no mar não é o único risco. O átrio central da maioria dos navios tem altura de vários andares. Há muitas escadas. A piscina não costuma ter salva-vidas e o piso molhado do entorno escorrega. Os menorzinhos devem estar sob o cuidado de um adulto o tempo todo. Não se tira os olhos da criança no shopping ou na praia, certo? É a mesma coisa. 

Anjos da guarda 

E quando você quiser aproveitar alguma das atividades a bordo que não comportam seus filhos, deixe-os nos kids clubs. Todos os grandes navios têm vários deles, separados por faixas etárias e sob supervisão de monitores treinados. 

Caminho ‘de casa’

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Os setores de cabines têm dezenas de corredores idênticos. Tendo idade suficiente para isso, é importante que a criança decore o número da cabine (ou tenha esse número anotado) e que aprenda a chegar até ela. 

Cadê todo mundo?

Com adolescentes, os cuidados mudam. Com certeza eles vão fazer amigos e passarão a andar em turma. Para conceder um pouco de liberdade, estabeleça acordos. O principal é sempre avisarem quando mudarem de ambiente. Os pais ou responsáveis também devem sempre informar onde estão. 

Ponto de encontro

Combinem um local de fácil acesso para onde todos devem ir imediatamente caso se percam de vista quando deveriam estar juntos. 

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Comunicação

As grandes empresas têm aplicativos que permitem contato entre celulares a bordo mesmo sem a compra do pacote de Wi-Fi. Baixem antes do embarque. 

Combinado não sai caro

Outros combinados com os adolescentes: encontros, só em áreas públicas; nunca ir às cabines dos novos amigos e nem deixar ninguém entrar na sua; não aceitar bebidas oferecidas por estranhos; horário para voltar à cabine da família. *Envie sua pergunta para viagem.estado@estadao.com.

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