Sonhos e desilusões à beira-rio

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Por Fabio Vendrame
Atualização:

PAYOROTE - Nas imediações da Reserva Nacional Pacaya Samiria, área protegida desde 1986 onde o turismo se desenvolve, vivem cerca de 120 mil pessoas. Divididas em 213 povoados, compõem mais ou menos 20 etnias - os kukamas são os mais numerosos. No último dia do cruzeiro, os turistas são convidados a conhecer Payorote, onde vivem cerca de 250 pessoas.As residências se distribuem ao redor de um campo de futebol. Ao fundo, a maior construção funciona como centro comunitário, onde crianças recebem os forasteiros com canto e dança. As mães exibem artesanato no canto do salão. "É a nossa fonte de renda com o turismo. Fora isso, não temos nenhum recurso a mais", diz a professora Helda Pineda.Ali, como noutros povoados, um xamã cuida da saúde pública. "Se dependêssemos do governo, estaríamos mortos", diz Carmen Mozambite, de 78 anos, que divide com Santos Aricari, 77, e a neta Reyna, 4, uma casa de palafita. Na frente da residência, postes com fiação indicam que a eletricidade vai chegar. "Já faz mais de dois anos, e nada." No mundo das águas, os moradores não têm acesso a água potável. Para beber, só depois de fervida.

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