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De motorhome, tensão nas ladeiras da Universidade de Coimbra

Na chegada à cidade universitária de Portugal, carro emperrou e patinou nas ladeiras

Por Renato Jakitas
Atualização:
Universidade de Coimbra foi transferida de Lisboa para a cidade atual no século 16 Foto: Renato Jakitas/Estadão

Meu grande erro em Coimbra foi tentar chegar o mais próximo possível do

Paço das Escolas

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com o motorhome. É ali que fica o conjunto arquitetônico da

Universidade de Coimbra

, patrimônio da Unesco e objetivo da minha visita naquele dia. Sinais do fracasso não faltavam. Logo na entrada da cidade, em uma subida nível 2 (todas as classificações aqui são livres), o veículo, que não tem tração nas quatro rodas, emperrou e começou a patinar. Literalmente parei o trânsito para sair da situação, de ré.

O problema é que fui além e emperrei metros acima, em ruas apertadas de subida de nível 4. Foram momentos de paciência, que deixaram uma lição:

o motorhome não foi feito para explorar as cidades, mas para chegar até elas

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. Depois, vá de bicicleta, a pé ou de Uber.

Ruas de Coimbra, onde passamos uma das noites da viagem Foto: Paulo Saldaña/Estadão

Após suar nas ladeiras da cidade, cheguei à universidade, uma das mais antigas do mundo. Foi fundada em 1290, mas em Lisboa, com o nome de Estudos Gerais, e transferida para Coimbra em 1537 pelo Rei D. João III.

Desde então, ela está exatamente no mesmo lugar, com vista para o

Rio Mondego

. Há várias áreas abertas aos visitantes e tours com preços variados, de acordo com a área visitada. O programa mais completo, de 2h30, custa 12,50 euros (R$ 55), passa pelo Paço Real e pela galeria de História Natural, entre outros. E também pelo grande destaque: a

Biblioteca Joanina

.

Biblioteca Joanina tem um volume original de 'Os Lusíadas' Foto: Renato Jakitas/Estadão

Construída no século 18, é considerada uma das mais espetaculares do mundo. Além do acervo de mais de 40 mil exemplares – incluindo um

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volume original de Os Lusíadas

, de Luís de Camões –, sua arquitetura foi criada especialmente para preservar os livros. Por mais 1 euro (R$ 4,50), é possível visitar também a torre, que oferece uma vista panorâmica da cidade. Mais:

uc.pt/turismo

.

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