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Tramas costuradas entre Washington e Baltimore

Uma visita pelas locações da série 'House of Cards', com direito a percorrer corredores na Casa Branca e no Capitólio

Foto do author Adriana Moreira
Por Adriana Moreira
Atualização:
Vista do Capitólio, onde o protagonista Frank Underwood inicia sua ambiciosa saga - Capital Region Foto: Capital Region

Os principais cartões-postais de Washington também fazem as vezes de personagem na trama de House of Cards, a série da Netflix protagonizada pelo congressista Frank Underwood (Kevin Spacey). Ele circula pelos corredores do Capitólio e da Casa Branca com desenvoltura de deixar qualquer turista transbordando de inveja.

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Afinal, entrar na casa do presidente Obama – ou, na ficção, do presidente Garrett Walker (Michael Gill) – exige solicitação prévia de no mínimo 21 dias (mas pode chegar a seis meses), via Embaixada Brasileira. Para os sem paciência para a burocracia, o melhor é visitar os aposentos via Google: oesta.do/casabrancavirtual. Dá para ver detalhes da decoração, dos quadros pendurados na parede, do teto e da tapeçaria.

O processo se mostra bem mais simples para o Capitólio. Por meio do visitthecapitolio.gov, você agenda a visita – pode ser a tradicional ou direcionada a algum representante do Congresso. Infelizmente, não há nada disponível para o gabinete de Frank Underwood. Os tours duram em média uma hora e são gratuitos. Reserve com no mínimo um dia de antecedência.

Há muitos tours que levam para explorar essa área, repleta de museus e monumentos. Segways, bicicletas e tours a pé revelam o lado histórico e os bastidores do centro do poder. E vale para descobrir curiosidades que não estão nas telas. O recém-restaurado domo do Capitólio, por exemplo, parece de pedra, mas é de ferro fundido.

Fora da região do National Mall (onde estão os principais monumentos da capital norte-americana), dá para encontrar alguns pontos de gravação simplesmente batendo perna. Um deles é o metrô, um dos lugares favoritos para os encontros escusos de Underwood com a repórter Zoe Barnes (Kate Mara).

Na primeira temporada, eles conversam disfarçadamente, sentados nos bancos da estação Archives, uma das que dão acesso ao National Mall. Zoe e Frank voltam a se encontrar na segunda temporada na fictícia Cathedral Heights – neste caso, as gravações foram realizadas na parada Charles Center, de Baltimore.

Arredores. Aliás, se quiser desembarcar na cidade vizinha (são cerca de 35 minutos de trem a partir de Washington), você encontrará muitas outras locações – quase tudo foi filmado ali. A casa em que Underwood vive com a mulher, Claire (Robin Wright), fica na Park Avenue, 1.609. As cenas internas, contudo, foram filmadas em estúdio. O apartamento (ou cubículo?) de Zoe, por sua vez, está na 6 E. Preston St.. E o jornal Washington Herald, onde ela trabalha, é na verdade The Baltimore Sun (501 N. Calvert St.).

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Os belos vitrais do início do século 20 da Igreja Presbiteriana Brown Memorial (1316 Park Avenue) podem ser vistos nas duas temporadas, durante visitas do ambicioso congressista. O prédio, contudo, é mais antigo e data do século 19. Já Freddy’s, o restaurante que, segundo Underwood, “serve as melhores costelas”, não existe na vida real. Mas há outros para você matar a fome – e a vontade de se sentir dentro da trama.

O Werner’s (231 E. Redwood St.), no centro, é um típico diner americano, com paredes de madeira e atmosfera perfeita para um discreto encontro político – como os protagonizados, em diversas ocasiões, por Doug Stamper (Michael Kelly), o assessor de Underwood. Em tempo: o seriado The Wire também gravou algumas cenas ali. O Werner’s é muito procurado para um café da manhã tipicamente americano, cheio de panqueca e bacon.

No Tio Pepe (tiopepebaltimore.com), a especialidade é comida mediterrânea. Rachel (Rachel Brosnahan), a prostituta que estava com Peter Russo (Corey Stoll) quando ele foi parado pela polícia, mudou de vida e passou a trabalhar ali como garçonete também graças às conexões de Stamper. Jamón serrano, gazpacho e paella são as vedetes do cardápio.

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