Três dicas para sobreviver à overdose de dicas

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Por RICARDO e FREIRE
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Somos a primeira geração de viajantes que pode ir da ignorância total ao conhecimento absoluto de um destino em poucos dias. Os folhetos deram lugar aos sites de destinos. Boa parte do conteúdo de guias, jornais e revistas está publicado também online. Blogs mostram como são as viagens na prática. Sites de resenhas ranqueiam e classificam todos os hotéis, restaurantes e passeios da face da Terra. E, como se não bastassem todos esses pitacos de gente que você não conhece, ainda tem todos os seus amigos no Facebook e Instagram dando dicas de viagem, solicitadas ou não. Essa overdose de informação pode pesar mais que qualquer excesso de bagagem. Juntando o "imperdível", "esse lugarzinho que eu descobri" e "é como ir a Roma e não ver o papa", acabamos com um roteiro que só é factível com dias de 30 horas. Ao lidar com essa massa de pitacos, tenha em mente três coisas:Informações-chave. Época e localização. Indo numa época favorável e se hospedando num lugar conveniente, você estará na pista certa para aproveitar as melhores dicas e fazer suas descobertas. "Lugarzinho". Você só vai querer depois de ter visto as atrações convencionais. Pela minha experiência, ninguém desiste de um cartão-postal para conferir uma atração alternativa. O melhor passeio de Capri é a volta à ilha, mas quem abrirá mão de visitar a Gruta Azul, por mais que digam que é programa de índio? Ao aumentar o número de programas, aumente também a duração da escala. Retalhar ainda mais o escasso tempo que você tem só vai gerar cansaço e frustração.Inesperado. Nada é mais inesquecível do que algo que você não esperava encontrar. Pode notar: os elogios mais derramados e os comentários com mais pontos de exclamação são sempre sobre lugares e atrações que apareceram sem querer no caminho de quem fez a resenha. Crie espaço na sua viagem para a surpresa. Pesquise, mas não engesse demais. O melhor de estar bem informado é perceber in loco quando vale a pena mudar a programação. * Na próxima semana, Ricardo Freire responde às perguntas dos leitores

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