Um roteiro para ir além do óbvio

Nossa proposta: mais tempo em Bangcoc e ótimas incursões à região norte do país, bem menos conhecida

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Por Teresa Ribeiro
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A saudação, num tom de voz baixo, vem acompanhada de um sorriso e uma reverência com as mãos postas na altura do peito. "Sà wàt dii khâ (sauadicáaaa)", dizem para as mulheres. "Sà wàt dii khráp (sauadikraaaaap)!", falam para os homens. É um olá. A forma de eles mostrarem que você é bem-vindo na Tailândia, onde se vive o ano de 2552.

 

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Mais que a capital, Bangcoc serve de porta para esse reino mágico, do qual o visitante sente saudade antes mesmo de a viagem chegar ao fim. Uma cidade de 8 milhões de habitantes, com cheiro de arroz cozido - o país é considerado o maior exportador do mundo - e temperatura em torno dos 30 graus, da manhã até a noite. Apesar do calorão, a norma é o recato. Em alguns locais, homens precisam vestir calça e camisa e as mulheres só podem entrar de saia e blusa. É normal usar roupas até para tomar banho de mar. Ninguém se abraça ou se beija em público.

 

Essa afetividade sublimada se manifesta numa requintada sensibilidade artística, presente tanto na arquitetura de templos e palácios quanto nos menores detalhes cotidianos. Você verá flores de lótus e orquídeas salpicadas em mesas e cinzeiros. Nos mercados, legumes e verduras estarão dispostos seguindo padrões estéticos. O budismo e a monarquia são os pilares dessa cultura. Para onde quer que você olhe, na capital ou no interior do país, verá retratos gigantes do rei Bhumibol e da rainha Sirikit. Adorado pelo povo, o rei de 81 anos está há 60 no poder. Com 65 milhões de habitantes, a Tailândia fica perto do Camboja e da Malásia, mas, ao contrário dos vizinhos, nunca foi colônia europeia. E isso se reflete no nome do país, que significa "terra dos homens livres." Por lá, o turismo é a segunda maior força econômica - foram 15 milhões de visitantes em 2008 -, perdendo apenas para a agricultura. Apesar disso, nem todos falam inglês fora das grandes cidades, o que deixa o turista um pouco vulnerável se não estiver acompanhado de um guia. Para complicar, os tailandeses usam a mão inglesa e apenas as ruas principais têm placas no idioma da rainha. Ou seja, cuidado extra ao dirigir e atravessar a rua.Boa parte dos visitantes chega ao país atraída pelas belíssimas praias da região de Phuket, cerca de 900 quilômetros ao sul de Bangcoc. Trata-se do visual da Tailândia que entrou para o imaginário mundial, com águas translúcidas e areia irretocavelmente branca. Mas o nosso convite é para que você, nas próximas páginas, conheça uma Tailândia além do cartão-postal. E, ao invés de descer, suba em direção ao norte até chegar às montanhas de Chiang Mai. Lá o turista encontra o lado mais genuíno do país e tem contato com os elefantes, animais que se tornaram símbolo da Tailândia. Bem mais perto de Bangcoc (são apenas 180 quilômetros), o balneário de Hua Hin, na chamada Costa do Golfo, conta com águas quentes e sem ondas, perfeitas para quem viaja em família. O Parque Nacional Khao Sam Roi Yot, conhecido como Montanha dos 300 Picos, é outra boa surpresa deste trecho. Gostou da ideia? Então, comece a se preparar para fazer essa grande viagem. A melhor época para conhecer o país começa em novembro. Viagem feita a convite do Tourism Authority of Thailand

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