10 de dezembro de 2019 | 06h50
Não há sinais de que o dólar vá cair abaixo dos R$ 4 tão cedo. E aí vem aquela dúvida: manter ou não manter aquela viagem ao exterior e arcar com todos os gastos que tal decisão implica?
A decisão, logicamente, fica por sua conta. Muitas vezes, dá para manter a viagem ao exterior, mas substituir por um destino com custo-benefício mais amigável. Em outras, os hábitos de viagem podem fazer uma grande diferença no bolso - e com pequenas economias e ajustes você consegue manter sua viagem.
Selecionamos a seguir seis destinos que podem ser substituídos por opções mais econômicas - com os prós e contras que tal decisão pode implicar.
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10 de dezembro de 2019 | 06h50
Além da óbvia economia financeira de gastar em reais em Balneário Camboriú e da facilidade do idioma (embora em Orlando se ouça português por toda parte), é verão no Brasil, enquanto as temperaturas em Orlando podem ficar por volta de 10 graus (ou até menos). Dá para curtir praia, piscina e atrações do parque Unipraias – de teleférico, o turista tem a vista da Mata Atlântica e das praias, e pode realizar paradas nas três estações que também contam com atrações próprias.
Além disso, a vontade de curtir um parque temático não vai passar em branco: o Beto Carrero World, na cidade vizinha de Penha, é o maior do tipo na América Latina, com mais de 100 brinquedos e shows. Tem montanhas-russas para quem gosta de adrenalina, tem uma área dedicada aos carrinhos Hot Wheels (incluindo restaurante temático e performances com pilotos), tem zoológico e brinquedos para sair ensopado e se secar ao sol. E tem personagens da Dreamworks: as turmas de Shrek e Madagascar estão por toda parte, em shows e também pelo parque, prontos para tirar fotos com os visitantes.
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Mesmo as comprinhas estão garantidas: há outlets nas vizinhas Porto Belo e Tijucas. Outra vantagem é o tempo de voo: de São Paulo até o aeroporto de Navegantes gasta-se apenas 1h, contra 8h no voo para Orlando. Se quiser economizar ainda mais, dá para optar por um pacote rodoviário.
Orlando tem três parques principais (SeaWorld, DisneyWorld, Universal Resort), e todo mundo dá aquela esticadinha até o Busch Gardens, em Tampa. A infraestrutura é gigantesca, e a maioria das atrações só existe mesmo ali. Mesmo com o dólar alto, algumas comprinhas ainda valem a pena no país do Mickey – mas é preciso estar atento à conversão para não trocar seis por meia dúzia. Minha dica é começar pelo Walmart, que tem de produtos dos principais personagens dos parques (como Mickey, Harry Potter e super-heróis) a itens de perfumaria que são sempre mais baratos do que nas farmácias (que já costumam ter preços mais em conta do que no Brasil).
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10 de dezembro de 2019 | 06h50
Para quem tem sede de metrópole, vitrines, vida cultural e agito, um roteiro por Buenos Aires preenche as necessidades do turista urbanoide que tem sede de Nova York (mas não capital suficiente). A cidade portenha cabe num fim de semana repleto de atrações culturais, excelentes museus (quem perdeu Tarsila do Amaral no Masp consegue ver o Abaporu no Malba) e gastronomia de peso. Ou num roteiro mais suave e contemplativo, para ver tudo com calma em quatro dias (veja como explorar a capital como um local aqui).
Para um programa ainda mais completo, que tal uma esticadinha até o Uruguai? Não tem passeio de barco pelo Rio Hudson com vista para a Estátua da Liberdade, mas tem o Buquebus (ferry) que leva a Montevidéu ou a Colônia de Sacramento, cidadezinha histórica com ares de Paraty. Você pode emendar tudo num roteiro e, se tiver um dia mais, visitar as vinícolas de Carmelo, ao lado de Colônia (algo que Nova York não tem). Nesse caso, o ideal é ir de Buenos Aires a Colônia de Buquebus (1h15 de viagem, a partir de R$ 217; compre com antecedência para conseguir tarifas melhores). De lá, pegue o ônibus (3h) até Montevidéu antes de voltar ao Brasil. Se for no verão, dá até para curtir praia.
Eu nem mencionei o câmbio: R$ 1 vale 14 pesos na Argentina (o custo de vida acompanha a oscilação da moeda, mas ainda assim o real é valorizado) e 8 pesos no Uruguai. Leve reais e troque no próprio aeroporto, na agência do banco La Nación. Come-se muito bem por muito pouco – e você vai voltar para casa cheio de ótimos vinhos gastando uma ninharia.
Não me venha trocar Broadway por aqueles shows de tango com jantar em Buenos Aires. É um programa feito para gastar muito e comer mal – prefira ir a um bom restaurante e visitar uma casa de tango menor e mais autêntica. E dá para suprir essa sede de Broadway em São Paulo, que vem recebendo diversas produções originais com altíssima qualidade.
Não é difícil cair em golpes na hora de trocar a moeda em Buenos Aires. Receber o troco em notas falsas, especialmente em táxis, é um clássico. Se possível, troque as notas maiores em estabelecimentos confiáveis, como no seu hotel, por exemplo. É possível que você já tenha ido a Buenos Aires em algum momento da vida e voltar daria um gosto amargo de “não estou conhecendo nenhum lugar novo”. Tampouco há um mirante clássico para ver a cidade do alto, como em Nova York (mas damos as dicas de alguns pontos interessantes para ter um panorama de Buenos Aires aqui)
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10 de dezembro de 2019 | 06h50
Os fiordes da Noruega, as paisagens islandesas que encantaram os fãs de Game of Thrones, as bicicletas onipresentes de Copenhague são encantadores. Mas o custo de tudo isso demanda um longo planejamento financeiro – tudo por ali é muito caro. Só para se ter uma ideia, R$ 1 vale 28 coroas islandesas. Mesmo na Noruega, onde o câmbio é supostamente mais amigável (R$ 1 vale 2 coroas norueguesas), um pint de cerveja custa cerca de R$ 40.
A Patagônia também tem lindos fiordes e passeios de barco que partem principalmente de Punta Arenas (Chile) e de Ushuaia (Argentina). Há navios que prezam pelo conforto e pelo contato com a natureza - como os cruzeiros Australis, onde pacotes de quatro noites, com todas as refeições e passeios incluídos, custam a partir de US$ 1.565 (R$ 6.600) por pessoa em cabine dupla. Só a passagem para os países nórdicos custa a metade desse valor.
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Também dá para optar por roteiros mais mochileiros, se hospedando em hostels ou mesmo em retiros, no caso de você trocar os fiordes pelas geleiras do Parque Nacional Torres del Paine, no Chile. Para visitar o glaciar Perito Moreno em El Calafate, do lado argentino, dá para encontrar pacotes completos, que são um bom meio-termo entre as opções. As paisagens têm uma beleza ímpar e, além disso, no dia a dia você estará gastando em pesos, com uma cotação muito mais vantajosa ao bolso do brasileiro.
Embora mais barata do que viajar para os países nórdicos, a Patagônia não é uma viagem “budget”. Por ser um local isolado, boa parte de seus hotéis é cara e muitos serviços são cobrados em dólar. A maior parte dos voos que saem do Brasil tem uma conexão bastante ruim, com horas de espera nos aeroportos de Buenos Aires ou Santiago. Para não sofrer tanto, programe uma parada maior em uma dessas capitais na ida ou na volta (eu, particularmente, prefiro na volta). E embora as paisagens sejam realmente únicas na Patagônia, não foi ali que foi gravado Game of Thrones.
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10 de dezembro de 2019 | 06h50
Uma ótima maneira de conhecer a Ásia e gastar pouco. Embora as passagens aéreas não sejam baratas, todo o resto é: hospedagem, passeios, comida. A gastronomia é maravilhosa e inspira chefs estrelados do mundo inteiro – e você gastará pouquíssimo para comer muito, muito bem. Dá para escolher um país só, como Tailândia, Camboja ou Vietnã, ou colocá-los num combo. Vai depender de sua disposição como viajante e do quanto de perrengue está disposto a encarar. Você vai encontrar muita autenticidade e simpatia pelo caminho. O artesanato colorido e barato vai ocupar boa parte da sua bagagem se você não prestar atenção.
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A má notícia é que, em razão da Olimpíada de Tóquio, o valor do aéreo para a Ásia estará ainda mais alto do que o normal em 2020. Use buscadores de passagens para garantir a tarifa mais em conta. Viajar de trem pelo Japão é muito mais fácil com o passe turístico (Japan Rail Pass) que você compra antes de embarcar - as viagens são ilimitadas válidas por um determinado período (mínimo de 7 dias). No Sudeste Asiático, viajar como os locais demanda paciência e muito planejamento prévio.
É preciso prestar muita atenção na hora de escolher a hospedagem no Sudeste Asiático. Antes de fazer a reserva no hotel, veja relatos de outros viajantes a respeito de bed bugs (que não, não estão apenas em hotéis baratos). Sempre inspecione o quarto sobre focos antes de abrir sua mala (veja dicas aqui).
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10 de dezembro de 2019 | 06h50
Ótimo custo-benefício, câmbio favorável e um mix de natureza selvagem com lindas cidades. A África do Sul tem custo de vida mais baixo que o Brasil, o que também faz com que o país seja procurado por quem quer estudar inglês – há escolas conceituadas. Os contornos da Cidade do Cabo fazem com que a comparação com o Rio de Janeiro seja inevitável (e você ainda pode fazer tours para conhecer os vinhedos próximos). Aliás, o passeio até o Cabo da Boa Esperança pode se comparar com uma miniversão da Pacific Highway californiana.
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Por outro lado, Johannesburgo é uma cidade jovem e vibrante, com uma cena cultural intensa e repleta de música, bares agitados e ótimos restaurantes. Seu voo provavelmente vai chegar por ali: vale aproveitar para explorá-la. E por falar em voo, a chegada da Ethiopian Airlines colaborou para aumentar as opções de acesso não só para a África do Sul, mas também para outros países do continente.
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Para aquela dose extra de natureza, safáris. Não são exatamente baratos, mas dá para optar por pacotes, digamos, menos caros, com menos dias. Pense por esse lado: você economizou em todo o resto, vale a pena gastar um pouquinho a mais nesse caso.
A segurança ainda é uma questão na África do Sul – não é algo para se apavorar, mas ter atenção. Andar distraído numa rua escura não é uma boa ideia em nenhum lugar do mundo. Mas isso não significa ficar preso no hotel: pegue um Uber (mais confiável do que táxis) e siga para curtir o agito.
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10 de dezembro de 2019 | 06h50
A apenas 3h da capital paulista (contra as quase 18h até a Nova Zelândia), Brotas é um destino para entrar em contato com a natureza com ótima infraestrutura. As atividades “com emoção” fizeram a fama da cidade do interior de São Paulo: rafting, rapel e trilhas para cachoeiras são as principais atrações da cidade.
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Mas os programas não são apenas para quem quer adrenalina a todo custo, com muitas opções para crianças, ótimos hotéis e até passeio de balão. Entre as opções de hospedagem, há de pousadas simples e hostels a resorts repletos de opções de lazer. E os restaurantes da cidade vão além dos PFs, com uma gastronomia caprichada que ganhou até festival.
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Obviamente, visitar a Nova Zelândia não é curtir apenas as atrações radicais de Queenstown – embora a adrenalina lá seja bem maior do que em Brotas. Para os fãs de O Senhor dos Anéis, é insubstituível: há vários pontos de gravação espalhados pelo país.
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