29 de março de 2016 | 05h00
Perfeito seria dormir numa poltrona que reclinasse até virar cama. Comer uma comida fresca em vez da requentada. Flutuar sempre em céu de brigadeiro, sem trancos, nem barrancos. Perfeito mesmo, definitivamente, seria fechar os olhos e se teletransportar até o destino de viagem, sem enfrentar burocracia, fila, imigração e cãibras.
Mas não tem jeito: quando o assunto é viagem, quase sempre há um voo entre você e o lugar onde quer ou precisa estar. Para a maioria dos viajantes, uma poltrona na executiva é um luxo distante em tempos de real tão desvalorizado. No aperto da classe econômica fica difícil sonhar com o voo perfeito. Mas é possível, sim, tentar melhorar a qualidade de vida a bordo. E há muitas dicas para isso.
Tem até fórmula matemática. O buscador de passagens aéreas Skyscanner.com.br, criado na Escócia em 2003 e atuando no Brasil desde 2012, fez um levantamento dos principais indicadores de satisfação de passageiros. Com base neles, a matemática Eugenia Cheng, professora da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, criou uma equação cujo resultado mostra a chance de um voo ser “perfeito” quanto mais próximo de 10 for o resultado.
A fórmula considera o horário e a pontualidade do voo, mais o espaço das poltronas, tudo na classe econômica. Mas outros fatores, segundo o levantamento do Skyscanner, ajudam a aumentar o nível de, vá lá, perfeição do voo. Entre elas, comida e bebida de boa qualidade sem cobrança extra, serviço atencioso e voo sem turbulências. Pagar pouco também deixa os passageiros felizes. E até a paisagem que se vê da janela pode ajudar o tempo a passar mais rápido e, assim, aumentar o nível de satisfação do viajante.
“Desenvolvemos um estudo que considera opiniões de viajantes, de um piloto e de uma matemática para proporcionar mais segurança no planejamento de viagens”, disse a gerente de Comunicação do Skyscanner, Tahiana Rodrigues. Foram consultados 2,5 mil internautas, além do comandante da Gol e coordenador de pilotos Franklin Laskeviz. O site elaborou ainda uma série de guias para ajudar na escolha do melhor voo.
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Rankings. A boa notícia é que há consultorias pelo mundo dedicadas a analisar o desempenho do mercado aéreo global e, com isso, mostrar com números quais companhias e aeroportos tratam melhor o passageiro. A Skytrax, baseada no Reino Unido, faz o mais prestigiado ranking de qualidade do mercado, apelidado de “o Oscar da indústria da aviação”. Os resultados da edição deste ano, baseada em coleta de dados feita em 2015, foram divulgados há duas semanas, na Alemanha.
Reunimos, a seguir, avaliações que fazem a diferença na hora de escolher por qual companhia viajar, e as dicas indispensáveis para deixar o seu voo na classe econômica o mais tranquilo possível- se não perfeito, pelo menos, mais agradável.
Para começar, que tal fazer um teste rápido?
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29 de março de 2016 | 04h00
Fica fácil entender por que a pontualidade é um dos três macrofatores que mais influenciam a percepção de satisfação dos passageiros em relação ao voo, segundo a fórmula criada pela matemática Eugenia Cheng, da inglesa Universidade de Sheffield, para o buscador de voos Skyscanner. Para não se estressar, nosso conselho é evitar marcar compromissos em que a pontualidade do voo seja fundamental. Mas se for inevitável, siga alguns conselhos simples.
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Meteorologia. No balanço das horas (e das nuvens) tudo pode mudar, mas checar a meteorologia um dia antes vai prepará-lo para possíveis dissabores – e, quem sabe, você poderá remarcar aquele compromisso para outra data. No site Clima de Viagem da Climatempo, é possível consultar a previsão específica para sete aeroportos do País e ter dicas sobre diversas cidades turísticas. Já na página do Centro de Previsão e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Cptec-Inpe), a previsão é ainda mais detalhada, embora os gráficos possam ser confusos para a interpretação de um leigo.
Cheque o status do voo. Controlar os humores do clima é difícil e independe da vontade das aéreas. Mas, para reduzir as chances de passar raiva no aeroporto, consulte antes de sair de casa o status do voo – confirmado, atrasado ou cancelado – em português, no site da Infraero: bit.ly/viainfraero. Se estiver fora do Brasil, o Flight Radar mostra voos em tempo real do mundo todo – você também pode baixar o aplicativo para iOS, Android e Windows.
Escolha da companhia. É verdade também que algumas empresas são mais pontuais que as outras. No relatório anual da consultoria inglesa OAG, que reúne dados de 900 companhias e 4 mil aeroportos pelo planeta, a brasileira Azul foi a terceira mais pontual do mundo em 2015, com 91,03% de pousos efetivamente realizados no horário marcado. Ficou atrás da Air Baltic, da Letônia (94,39%), e da panamenha Copa (91,69%). Se quiser conferir a posição de outras empresas, baixe o relatório: bit.ly/puncleague.
Outro relatório internacional, da consultoria americana Flighstats, indicou a TAM e a Avianca (respectivamente, em 7º e 10º lugares) entre as companhias aéreas de grande porte mais pontuais do mundo no ano passado, em um ranking que só não considera as empresas dos Estados Unidos. Com 89,44% de aterrissagens pontuais, a Japan Airlines ficou em primeiro lugar – a TAM obteve 85,98% e a Avianca, 85,32%. A empresa faz atualizações mensais dos status das companhias – acompanhe em flightstats.com (clique no menu Tools e em Airline Performance Report).
Vale dizer que o conceito de pontualidade em ambos os relatórios admite uma tolerância de até 15 minutos.
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29 de março de 2016 | 04h00
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29 de março de 2016 | 04h00
Comer bem a bordo faz mais felizes 80% dos viajantes consultados na pesquisa sobre voo perfeito do site Skyscanner. E a consultoria Skytrax não é a única a avaliar comida de avião pelo mundo.
A revista Saveur, uma das publicações de gastronomia mais prestigiadas do mundo, baseada em Nova York, perguntou tanto aos seus degustadores profissionais quanto aos leitores quais empresas aéreas tratam bem o paladar dos passageiros da classe econômica. Os dois grupos escolheram a Singapore – que voa de São Paulo a Cingapura – graças às receitas asiáticas e ao cuidado no serviço.
Outra, a United, decidiu aumentar o tamanho das porções quentes no almoço e jantar. E ainda fez adições ao menu: ravióli toscano e udon com vegetais.
Rodrigo Oliveira, o badalado paulistano no comando do restaurante Mocotó, cria os cardápios da KLM entre São Paulo ou Rio e Amsterdã. Não, não há dadinhos de tapioca, mas o cardápio conta com carne de panela com cuscuz ou gratinado de mandioca. As europeias também investem em menus típicos: tem comida mediterrânea na Iberia e chocolate Frey na Swiss.
Nacionais. As empresas brasileiras têm novidades. A Azul, que agora voa aos Estados Unidos, colocou pratos quentes nesses trechos. Recentemente, a Gol acrescentou minissanduíches, bolos e wraps ao seu menu sem custo extra – no mesmo trecho, a TAM serve sanduíches frios e café Suplicy.
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29 de março de 2016 | 04h00
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