Às margens do Orange River, marco geográfico que configura a fronteira entre a
e a
, fica o povoado onde se localizava nosso hotel seguinte. Foram 482 quilômetros de estrada – boa, asfaltada –, com algumas paradas pelo caminho. Aos poucos, a paisagem começava a ficar mais árida.
Era inverno, mas se você fizer esta viagem na primavera, considere parar em Springbok, a 360 quilômetros de Lambert’s Bay. Ali ocorre um dos mais coloridos e exuberantes espetáculos da natureza. As poucas gotas de chuva que caem entre agosto e setembro transformam a aridez num tapete de flores. Considerada a mais rica flora bulbífera do mundo, a região conta com 3.500 espécies de plantas – das quais 1 mil só podem ser encontradas ali.
Nosso hotel era um simples lodge de onde víamos o Orange River e, do outro lado, a Namíbia que seria desbravada no restante da viagem. Para comemorar a etapa vencida, nada como encerrar o dia com um braai feito por nós mesmos (o hotel, como é praxe por lá, vendia insumos para o churrasco e tinha espaço para o preparo) – acompanhado por um bom vinho sul-africano, é claro.