A história do Brasil está intimamente ligada a
Queluz
, de onde saiu toda a coroa portuguesa em 1807 com destino ao Rio de Janeiro, fugindo de Napoleão Bonaparte. A cidade fica encostada em Lisboa e abriga o palácio homônimo. Ali nasceu, em 1798, o infante Dom Pedro, primeiro imperador brasileiro (D. Pedro IV para os portugueses). De volta a Portugal, ele morreu em 1834, no mesmo quarto de seu nascimento.
Antiga casa de verão da família real portuguesa, o palácio passou por obras a partir de 1747 para se transformar em residência oficial.
Ali a corte portuguesa viveu até a partida para o Brasil. Além de ver o quarto de D. Pedro e sua cama com dossel dourado, os visitantes descobrem outros aposentos que exalam opulência e os belos jardins, com 16 hectares. No site do
palácio
(
) há um mapa com a sugestão de roteiro para seguir e os principais pontos de visitação. Dá para visitar o palácio e os jardins (10 euros; R$ 44) ou só os jardins (5 euros; R$ 22).
De lá fui para
Cabo da Roca
, o ponto mais ocidental do continente europeu, a 17 km do centro de Sintra. Cheguei a Roca no meio da tarde, com muito frio (o vento ali nunca dá trégua), e consegui
parar o motorhome em um dos pontos mais deslumbrantes de toda a viagem
, no fim da estrada que dá de frente para o Oceano Atlântico e para as
falésias
.
Desci para explorar o entorno e descobri que a atração tem um forte, um restaurante e um posto de turismo onde você pode pegar um certificado de que visitou o local. Mas o destaque é mesmo a paisagem – por isso voltei ao carro, liguei o aquecedor e
assisti ao pôr do sol de camarote
. No fim do dia, já escuro, esquentei os restos de um bacalhau comprado no porto, preparei um pouco de nata e abri um vinho tinto do Alentejo. Ali, de frente para o horizonte, fechei feliz uma viagem incrível, satisfeito com tudo o que vi e vivi.