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Vocação natural para as artes

Distribuída entre belas construções, a riqueza cultural vienense vai além das exposições e das óperas. No verão, festivais tomam conta dos pontos turísticos e dos bairros descolados, com opções para todos

Foto do author Adriana Moreira
Por Adriana Moreira
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MUSEUSCLÁSSICO

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Boa parte dos palácios da Era Habsburgo foi convertida em museus. O Hofburg está entre os principais, com três grandes acervos. A Silver Collection guarda as rebuscadas coleções de jantar da época do império. No setor batizado de Apartamentos Imperiais, você vê como viviam os Habsburgos. A maior parte do mobiliário exposto data da segunda metade do século 19.

 

É possível comprar um tíquete único(22,50 euros ou R$ 60) para visitar também o Sisi Museum. Distribuído em seis salas, o acervo composto por joias, fotos e objetos pessoais conta a história de Elizabeth da Áustria (leia mais abaixo). A imperatriz ficou conhecida no restante do mundo por causa da trilogia Sissi, Sissi, a Imperatriz e Sissi e seu Destino, produzida entre 1955 e 1957. Durante a visita, você pode assistir a trechos dos filmes.

 

Longe do centro, o Palácio de Schönbrunn (http://www.schoenbrunn.at/) é um dos principais cartões-postais da Áustria. O belo conjunto arquitetônico do século 17 angariou o título de Patrimônio da Humanidade. Criado para ser uma espécie de sítio de caça dos Habsburgos, hospedou até Napoleão Bonaparte, entre 1805 e 1809 - há tours para conhecer os apartamentos. A Grande Galeria, o maior salão do palácio, com 40 metros de comprimento, ainda hoje abriga as recepções oficiais do governo austríaco. O preço da entrada varia de acordo com seu tempo - e disposição - para percorrer os mais de 7 mil metros quadrados. Tours a partir de 9,50 euros (R$ 25).ENCANTOS DE SISSI A romântica história dos filmes estrelados por Romy Scheineder na década de 1950 pouco se assemelha à vida de Elizabeth da Áustria, a imperatriz Sissi. Casada aos 16 anos com seu primo, o imperador Franz Joseph I, ela não se adaptou à corte e sofria de depressão e anorexia - com 1,73 metro, pesava 45 quilos.A imperatriz cresceu ao ar livre, andando a cavalo e praticando esportes. Desacostumada às rígidas regras da corte e com problemas de convivência com a sogra, Sissi preferiu a solidão. Decidiu morar em uma residência à parte, longe do palácio. Teve quatro filhos, mas manteve contato apenas com a caçula. Vaidosíssima, adepta de dietas malucas (algumas vezes, só tomava líquidos), parou de se deixar retratar aos 42 anos. Morreu esfaqueada em 1898, aos 60 anos, por um anarquista italiano, em Genebra, na Suíça. INOVADORNão há melhor lugar para ver arte contemporânea em Viena que o Museum Quartier. Inaugurado em 2001, esse complexo cultural de 60 quilômetros quadrados conta com dois grandes museus, o Leopold e o Mumok, além de diversos espaços onde ocorrem exposições, eventos variados e festivais.

 

No pátio externo, enormes peças geométricas funcionam como banco e decoração. Podem ser um ótimo ponto de encontro nos dias ensolarados ou, simplesmente, servir como local de descanso depois de passar o dia inteiro percorrendo o centro de Viena.À esquerda, o prédio branco abriga o Leopold Museum e sua enorme coleção (a maior do mundo) de Egon Schiele (1890- 1918). O pintor austríaco, discípulo de Gustav Klimt, chocou a sociedade da época com seus traços expressionistas e modo de vida excêntrico. Do lado oposto, no prédio negro, fica o Mumok, dedicado às artes do séculos 20 e 21. Seu acervo conta com aproximadamente 7 mil obras - e não faltam exposições temporárias.Há, ainda, o TanzQuartier, dedicado à dança, e o Architektur Zentrum, com salas reservadas para novos artistas e até apartamentos para residentes. Cada espaço, é bom lembrar, tem entrada individual.

Há inúmeros espetáculos turísticos - em uma volta pela cidade, você será abordado por diversos "Mozarts" oferecendo ingressos para os tais shows. Nesse segmento, o Sound of Vienna (http://www.soundofvienna.at/.), no Palácio Kursalon, custa 39 euros (R$ 103) e é um dos mais concorridos. Outra opção é a Ópera de Viena (http://www.staatsoper.at/), no belo edifício de 1862. Os ingressos custam desde 11 euros (R$ 29) e são disputados. O Konzerthaus (http://www.konzerthaus.at/), com capacidade para 1.800 pessoas, recebe grandes orquestras. INOVADORProcura baladas quentes? A Flex, às margens do Danúbio de Strauss, está entre as boates mais disputadas de Viena, com programação que muda diariamente. Antes de ir até lá, acesse o site http://www.flex.at/ para conferir as atrações - de DJs internacionais a grupos de rock.

 

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Outra opção para dançar a noite toda é o Prater Dome (http://www.praterdome.at/), conhecido como o maior clube do país. Tem dois andares e quatro pistas de dança - para agradar a quem gosta de música eletrônica e aos que preferem os ritmos latinos.No centro, o burburinho se concentra na área do Triângulo das Bermudas (http://www.bermudadreieckwien.at/), entre as Ruas Rabensteig e Seitenstettengasse. Uma referência à facilidade de seus frequentadores se perderem na região repleta de bares e clubes.Se quiser fugir da multidão de turistas - que, aliás, torna essas boates bem caras -, siga para o Distrito 7. É ali que fica o Spittelberg, um tipo de Vila Madalena, frequentado por estudantes, intelectuais e os chamados BoBos - burguesia boêmia, na gíria local. Boa parte dos bares foi instalada em prédios do século 19.No verão, as opções de diversão triplicam. Os jardins do Volksgarten, na frente do Palácio de Hofburg, viram palco para grandes festas de música eletrônica, sempre às quintas e às sextas-feiras.

Outro marco é o Gürtel Night Walk, marcado para o dia 29. Realizado anualmente, o evento reúne bandas austríacas que tocam ao ar livre por todo bairro, espécie de "baixo Augusta" da capital.

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