Transporte

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Por Monica Nobrega
Atualização:
Terminal 3 do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos Foto: Rafael Arbex/Estadão

Há opções de meios de transporte que acabamos esquecendo de considerar com atenção quando pensamos em viajar. Apesar de todas as promoções, você não conseguiu voo barato para alguma praia do Nordeste? Que tal ir para o Rio, onde o clima é bom e dá para chegar de carro ou ônibus? O voo low cost na Europa não está custando tão pouco assim? O trem pode render boas surpresas. É questão de ampliar o horizonte, pesquisar e, às vezes, arriscar. E se o dinheiro está curto mesmo, dá para tentar dividir gastos numa carona.

ÔNIBUS Assentos espaçosos, preços de passagens tabelados e a possibilidade de chegar à rodoviária poucos minutos antes do horário de embarque são alguns dos bons predicados dos ônibus. Sem falar na capilaridade, mais opções de origem e destino: são 3,2 mil rodoviárias no País, contra cerca de 70 aeroportos que operam voos de passageiros.  Claro que trocar um voo por um trecho rodoviário vai depender das distâncias. A maioria dos brasileiros topa viajar de ônibus por até 700 quilômetros, informa Fernando Almeida Prado, sócio do Clickbus, o maior site de vendas de passagens online do País, que opera também no México, Colômbia e Turquia. Prado informa ainda que, por ano, são feitas cerca de 300 milhões de viagens de ônibus em território nacional. Entre São Paulo e Rio de Janeiro, com passagem a R$ 85 (ida), são cerca de 430 quilômetros e uma média de seis horas de viagem. Se somar o tempo que leva para chegar ao aeroporto com a antecedência necessária e o processo de desembarcar e pegar a mala na chegada, a diferença não é tão grande.TREM Segure a ansiedade e corra o risco: compre os bilhetes de trem na Europa quando chegar lá. Siga para a estação assim que deixar as malas no hotel e saboreie o prazer de pagar, por trecho, até metade do que desembolsaria comprando no Brasil. Se tem risco? Sim, você pode ficar a ver navios e perder passeios no próximo destino se sua viagem for muito amarrada, sem folgas. Mas, especialmente se não for alta temporada, se o trecho em questão não é Londres-Paris de Eurostar, ou se a viagem for para a Europa central e do leste, as chances de sucesso são altas.  Para quem prefere a segurança de sair de casa com os bilhetes em mãos, fica mais barato nos sites das próprias ferrovias: Renfe.com (Espanha), Trenitalia.com (Itália), SBB.ch (Suíça), SNCF.com (França), TheTrainLine.com (Inglaterra) e Bahn.com (Alemanha). Os sites que vendem em português, pt.Eurail.com e Raileurope-world.com, cobram taxas.CARONA Não aquela de dedão em pé à beira da rodovia: a carona moderna é combinada via aplicativo e você paga por ela – em geral, mais barato que pela passagem de ônibus.  O Tripda (para Android e iOS) funciona como rede social, para que motoristas e caroneiros possam se avaliar mutuamente. Há uma ferramenta exclusiva para mulheres, que ajuda passageiras e motoristas a se encontrarem e viajarem entre si. Aplicativo similar é o Beep Me (Android e iOS), que permite compartilhar os pedidos e oferecimentos de carona também no Facebook. São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul respondem pela maioria das caronas nos apps. NAVIO A vantagem do navio é ser mais que um meio de transporte: é, ele mesmo, o destino turístico. Além disso, as armadoras estão em plena época de promoções: agosto é um bom momento para fechar o cruzeiro. Da Pullmantur, o roteiro de 7 noites pelo Caribe custa desde R$ 999 por pessoa e, nas compras até o dia 20, inclui o pacote de bebidas sem custo extra.  A MSC está investindo em minicruzeiros na costa brasileira para driblar a crise: preços começam em US$ 169 por pessoa, com terceiro passageiro grátis. Na Royal, os minicruzeiros em dezembro estão sendo vendidos por a partir de R$ 930, já com taxas. A Costa vende seus cruzeiros pela costa brasileira em reais há três anos. “Nossos preços no País não sofrem mais com a oscilação do dólar”, diz Renê Hermann, diretor geral da empresa para a América do Sul. O pacote de bebidas pode ser parcelado em até 10 vezes, junto com o próprio cruzeiro. Considere também as travessias no início e fim de temporada, com promoções tentadoras. LEIA MAIS: Veja macetes para economizar nas passagens

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